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Quatro vezes mais peregrinos. A mensagem da JMJ ganha mais sentido na Guarda

31 jul, 2023 - 13:42 • Liliana Carona

O Comité Organizador Diocesano (COD-Guarda) para a JMJ Lisboa 2023, encerrou o programa dos DND com a iniciativa “FÉsta das Nações”. O encontro dos 400 peregrinos da diocese com os outros 400 peregrinos estrangeiros, no alto da Torre da Serra da Estrela, leva a organização a concluir que os jovens “partiram mesmo apressadamente”, quando comparado à participação em JMJ anteriores.

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O grupo de dança da Escola Secundária da Sé, da Guarda, deu o pontapé de saída para a Festa das Nações, cujo palco recebeu representações dos diferentes grupos de peregrinos.

Bandeiras de várias nacionalidades ao alto, como a dos amigos Dave Renfurm, 20 anos, dançarino profissional e Alexander van Schöll, 22 anos, professor do ensino primário. Vieram da Holanda. As respostas são curtas, mas suficientes para justificar a presença em Portugal.

“Com a dança, mostro o outro lado das pessoas zangadas, mostro o lado certo. Sempre quis vir a Portugal. Eu amo Deus, Deus ama-me a mim, é por isso que estou aqui”, explica, na companhia de Alexander, que sublinha que “desde que nasceu, sempre quis estar perto de Jesus, estar com outros países”, pois “dá-lhe mais motivos para acreditar. Isto é espetacular, não vemos isto na Holanda”, conclui, olhando para a paisagem que circunda a Torre.

Dave e Alexander fazem parte do grupo de 400 peregrinos estrangeiros que vieram para a diocese da Guarda, para se juntar aos outros 400 inscritos desta diocese. Maria Fernandes, 24 anos, advogada estagiária integra o comité organizador, e acredita que a mensagem desta jornada. Levantou-se e partiu apressadamente tem um simbolismo especial para a diocese da Guarda.

Maria Fernandes da organização considera que a mensagem a JMJ tem um simbolismo ainda mais especial na Torre. Foto: Liliana Carona/RR
Maria Fernandes da organização considera que a mensagem a JMJ tem um simbolismo ainda mais especial na Torre. Foto: Liliana Carona/RR
Célia Oliveira vocalista da Banda Jota recordou quando cantou na JMJ 2011 em Madrid. Foto: Liliana Carona/RR
Célia Oliveira vocalista da Banda Jota recordou quando cantou na JMJ 2011 em Madrid. Foto: Liliana Carona/RR
Foto: Liliana Carona/RR
Foto: Liliana Carona/RR

“A nossa diocese é uma pequena diocese do interior, com poucos jovens e esta jornada fez-nos levantar e ir à procura dos nossos jovens apressadamente, quadruplicou o número de inscritos, em 2011 tivemos 100 peregrinos em Madrid. Criámos uma rede e fizemos sair os jovens do sofá como nos pede o Papa Francisco e sendo a serra o ponto mais alto, não poderia terminar de outra maneira”, observa a organizadora, admitindo esperar que “esta jornada não seja um fim, mas um início para estes jovens, para partir apressadamente”.

A despedida para Lisboa, teve como voz Célia Oliveira, 53 anos, é a vocalista da Banda Jota que atuou na Jornada Mundial da Juventude em Madrid. Ainda hoje recorda o momento com emoção.

“Foi extraordinário, com milhares de portugueses a assistir, foi maravilhoso. A Banda Jota existe há 20 anos, e foi o momento mais importante, somos 9 elementos e estas jornadas em Portugal têm um significado muito bom. Passarem por todo o mundo e chegarem aqui, sentimo-nos orgulhosos. João Paulo II era um ídolo para mim e o lema dele chegar a Portugal, é viver da mesma forma como quando eu tinha 14 anos”, diz, comovida.

Os peregrinos e peregrinas revelam sentir paixão à primeira vista por Portugal e pelos portugueses. Estes jovens são provenientes de países como Holanda, França, Equador, Estados Unidos da América, Colômbia, México, Moçambique, Filipinas, Brasil e Polónia – e são maioritariamente, acolhidos por “Famílias de Acolhimento”, da diocese da Guarda, distribuídos pelos arciprestados de Guarda-Manteigas, Covilhã-Belmonte, Celorico da Beira-Trancoso, Fundão-Penamacor, Sabugal-Almeida e Seia-Gouveia.

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