02 ago, 2023 - 12:38 • Cristina Nascimento
No mar de bandeiras da Jornada Mundial da Juventude, salta à vista uma dominantemente vermelha: a da China, um país onde ser-se católico significa pertencer a uma minoria e significa risco de ser perseguido.
Quem segura a bandeira é Junqiang Chen. “Tenho 27 anos. Fiz há três dias”, conta à Renascença, visivelmente animado.
Junqiang Chen está no Parque Eduardo VII, à espera da missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude.
“Tenho sonhado com isto há muitos, muitos, muitos anos. E hoje é o dia. Os sonhos tornam-se realidade”, diz.
Chen tem passaporte chinês, embora resida há quatro anos na Irlanda. Deixa-se fotografar sem problemas, mas adverte: “só eu posso ser fotografado, porque há outras pessoas no grupo que podem ter problemas”.
Este jovem vive com liberdade a sua religião, mas nem todos o podem fazer no seu país de origem. Junqiang Chen estima que é a quarta ou quinta geração da sua família que se identifica como católica.
“Gostava de dizer que a nossa fé é parcialmente herdada dos nossos pais, mas nós também temos que fazer crescer a nossa fé”, afirma.
“É também isso que estou aqui a fazer, a alimentar a minha fé. Estou muito feliz de estar aqui e quero partilhar a minha fé com todas as pessoas do mundo”, remata.
Junqiang Chen volta para o seu grupo, feliz, porque está a concretizar um sonho, partilhado com mais de 200 mil pessoas que marcaram presença no pontapé de saída da JMJ, esta terça-feira.
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