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Angelus

"Sinto grande tristeza pela querida Ucrânia". Papa partilha o "sonho da paz"

06 ago, 2023 - 10:00 • Eduardo Soares da Silva

Papa Francisco aponta a JMJ como um "sinal de paz para o mundo". "Sois um testemunho de como as nacionalidades, as línguas e as histórias podem unir em vez de dividir."

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O Papa Francisco sonhou, este domingo, por um "futuro de paz" na Ucrânia e garantiu que a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, foi "um sinal de paz para o mundo".

No Ângelus, após a Missa do Envio, o Papa pediu que todos o acompanhassem "com o pensamento e oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras".

"São tantos por esse mundo fora. Pensando neste continente, sinto grande tristeza pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito. Amigos, permiti a mim, idoso, partilhar convosco, jovens, um sonho que trago cá dentro: é o sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz", refletiu.

Francisco pediu ainda aos jovens que continuem a "rezar pela paz" quando voltarem a casa: "Vós sois um sinal de paz para o mundo, um testemunho de como as nacionalidades, as línguas e as histórias podem unir em vez de dividir. Sois a esperança dum mundo diferente. Obrigado por isso. Avante."

No início do Ângelus, o Papa fez o balanço da JMJ recorrendo a "uma palavra ressoou muitas vezes nestes dias: “grazie” ou melhor «obrigado»."

"É belo aquilo que o Patriarca de Lisboa acaba de nos dizer: que «obrigado» não expressa só gratidão pelo que se recebeu, mas também o desejo de retribuir o bem. Quanto bem recebemos todos nós neste evento de graça, e agora o Senhor faz-nos sentir a necessidade de por nossa vez, quando regressarmos a casa, partilhar e doar testemunhando, com alegria e gratidão, o bem que Deus nos colocou no coração. Mas, antes de vos enviar, quero também eu dizer «obrigado»", agradeceu.

Lisboa, a "casa de fraternidade e cidade de sonhos"

No último dia da JMJ, o Papa agradece à cidade de Lisboa, que "ficará na memória destes jovens como «casa de fraternidade» e «cidade de sonhos»".

Francisco reservou agradecimentos para o Cardeal D. Manuel Clemente, à Igreja, ao povo português, ao Presidente da República, que "nos acompanhou nos eventos destes dias", às instituições nacionais e locais, aos bispos e sacerdotes, e a João Paulo II, criador da JMJ.

No entanto, o Papa reservou um especial agradecimento aos protagonistas da JMJ: os jovens.

"Obrigado a todos vós, queridos jovens! Deus vê inteiramente o bem que sois; só Ele conhece o que semeou nos vossos corações. Por favor, guardai-o com cuidado. Quero dizer-vos: recordai, fixai na mente os momentos mais belos. Depois, quando vier algum inevitável momento de cansaço e desânimo e, quem sabe, a tentação de parar no caminho ou de vos fechar em vós mesmos, reavivai as experiências e a graça destes dias, porque – nunca o esqueçais – esta é a realidade, isto é o que vós sois", terminou.

A Santa Sé avança que estiveram cerca de um milhão e meio de pessoas na missa de encerramento da JMJ, dos quais 30 são cardeais, 700 bispos e cerca de 10 mil sacerdotes.

Sobram apenas dois pontos na agenda do Papa Francisco antes do fim da sua visita a Portugal e da Jornada Mundial da Juventude. Esta tarde, às 16h30, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ, no Passeio Marítimo de Algés, antes de cerimónia de despedida, na base aérea de Figo Maduro, às 17h50.

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  • Cidadao
    06 ago, 2023 Lisboa 16:27
    Então sugiro uma visita do Papa a Kiev, na Ucrânia, onde há um povo martirizado por bombardeamentos e ataques dia e noite, numa guerra que não quiseram nem provocaram, e onde certamente há muitos mais Cristãos, que no aeroporto onde se quis encontrar com o chefe dos patifes, um tal Cirilio que é tudo menos padre...

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