03 set, 2023 - 07:30 • Henrique Cunha
O novo patriarca de Lisboa quer estar próximo do clero e dos leigos, essa “é uma das suas grandes preocupações”, diz à Renascença o padre Carlos Manso Fernandes, sacerdote que mantém uma longa colaboração e ligação com D. Rui Valério.
O novo patriarca de Lisboa foi pároco na Póvoa de Santo Adrião, em Lisboa, de 2012 a 2018, mas manteve uma colaboração estreita com a paróquia até aos dias de hoje. E já depois da sua nomeação pelo Papa Francisco como patriarca de Lisboa, o bispo das Forças Armadas e de Segurança ainda presidiu à eucaristia na paróquia onde também tinha a sua residência.
O padre Carlos diz que “ele nunca deixou a comunidade, sempre residiu na Póvoa, num dos apartamentos que a Congregação (Monfortinos) tem aqui”. “E na sua missão como bispo das Forças Armadas nem sempre tinha a celebração nas unidades militares aos domingos e, por esse motivo, ele celebrava aqui, mesmo à semana”, adianta. E por isso, “ele nunca perdeu a sua ligação à Póvoa. Gosta das pessoas”.
O atual pároco da Póvoa de Santo Adrião acredita que D. Rui Valério, que “foi sempre um excelente sacerdote, também será um excelente patriarca” e elogia a sua humildade e a “muita atenção aos mais pobres e mais desfavorecidos; aqueles que vivem como diz o Papa nas periferias”.
O padre Carlos Manso Fernandes sublinha a “grande dimensão espiritual” de D. Rui Valério e a sua dedicação “à oração e à reflexão”, relevando também “uma boa formação teológica”. “É um homem de diálogo, mesmo com as pessoas que estão em campos opostos”, acrescenta.