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Guerra na Ucrânia

Rússia diz-se disponível para dialogar com enviado do Papa

15 set, 2023 - 13:58 • Aura Miguel

Estas declarações surgem um dia depois de o Vaticano ter divulgado um comunicado sobre a visita do cardeal Matteo Zuppi a Pequim.

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O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse esta sexta-feira que Moscovo está disponível para dialogar com o cardeal Matteo Zuppi sobre a situação na Ucrânia.

Segundo revela a agência russa Tass, Lavrov terá declarado, num painel sobre a invasão da Ucrânia, que “o enviado papal vai voltar brevemente à Rússia”.

Neste contexto, o chefe da diplomacia russa disse estarem “preparados para encontrar e falar com todos” e recordou que a Rússia tem mantido encontros sobre esta crise com representantes da Turquia “que também têm ideias diferentes”.

Além disso, o Governo russo diz apreciar “os esforços não públicos dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, sobretudo, na organização da troca de prisioneiros de guerra”, acrescentou.

Estas declarações surgem um dia depois de o Vaticano ter divulgado um comunicado sobre a visita do cardeal Matteo Zuppi a Pequim, onde se reuniu com Li Hui, o representante especial da China para os assuntos da Eurásia.

O encontro sobre a guerra na Ucrânia e as suas dramáticas consequências “decorreu em ambiente aberto e cordial” e ambas as partes “defenderam a necessidade de unir esforços para incentivar o diálogo e encontrar caminhos que conduzam à paz”, lê-se no comunicado da Santa Sé.

No âmbito dos esforços para pôr fim ao conflito na Ucrânia, o Papa já enviou o cardeal Zuppi a Kiev e a Moscovo, no passado mês de junho, a Washington em julho e a Pequim, já neste mês de setembro.

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  • Cidadao
    15 set, 2023 Lisboa 13:34
    É natural que o Kremlin anseie por se encontrar com o enviado do Papa. Como denunciou e muito bem a Ucrânia, que até pode alegar que o Papa nunca a visitou desde o início da Guerra, o Papa é parcial a favor da rússia, e até já defendeu nos primeiros tempos que a Ucrânia devia "ceder territórios à rússia para encontrar a "Paz"". Para o Kremlin, o Papa é um precioso aliado, seja para conseguir um cessar-fogo temporário para dar tempo às fábricas de material de guerra russas reequiparem o exército invasor, seja para manter em cima da mesa o reconhecimento das criminosas e sangrentas anexações ilegais de territórios ucranianos, seja para ter um aliado além dos fantoches habituais - o "Querido líder", o porco Lukaschenko, o cachacista que devia estar é na cadeia, Lula de seu nome, etc. Bem faz a Ucrânia em não querer o Vaticano envolvido num acordo de "Paz". Era mais uma a puxar para o lado russo

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