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Fórum Pan-Europeu Irmandades

“As Confrarias e Irmandades em Portugal estão numa fase de grande decadência”

16 set, 2023 - 09:34 • Henrique Cunha

IV Fórum Pan-Europeu de Irmandades reflete em Mafra a realidade destas associações, que no nosso país vivem "fase de crise e decadência", Padre Vitor Ramos espera mais atenção dos pastores e párocos a esta "antiga e bela expressão do apostolado dos leigos".

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O padre Vitor Ramos que no âmbito dos seus estudos de direito canónico, na Universidade Pontifícia de Salamanca estudou com profundidade o tema adiante em declarações à Renascença que “estas associações estão há várias décadas numa fase de crise e de decadência, e de envelhecimento dos seus membros” a que se associa “um certo esquecimento por parte dos pastores e dos párocos”.

Por outro lado, o especialista aponta “a valorização e surgimento de outras formas de apostolado laical que ajudaram a colocar as Confrarias e Irmandades em Portugal numa fase de grande decadência”. A que acresce ainda “um esquecimento daquilo que é o valor da piedade popular que o nosso Papa Francisco tanto nos chama a atenção e valoriza”.

O sacerdote é um dos participantes no IV Fórum Paneuropeu de Irmandades que vai decorrer este fim de semana em Mafra. O padre Vitor tem prevista uma intervenção sobre “Confrarias e Irmandades em Portugal: elementos para uma visão global”.

À renascença admite que o pior já terá passado até porque “esse esquecimento já começa a ser ultrapassado” e diz ter esperança de que “a realização deste fórum seja também uma alavanca para a revitalização destas instituições que são uma expressão antiga, bela e atual do apostolado dos leigos”.

“Eu tenho esperança desse rejuvenescimento. É certo que nunca voltaremos aos números da época áurea das confrarias e irmandades do seculo XVIII, mas há sinais bastante positivos tanto no contexto mais rural como no contexto urbano e portanto, eu quero esperar que a realização deste fórum e também este olhar mais atento dos nossos pastores sobre esta realidade seja o início desta fase de rejuvenescimento e de revitalização destas associações religiosas”, acrescenta.

O padre Vitor lembra que “as nossas Confrarias e Irmandades são depositárias de um vasto património não só do património material - igrejas, museus, alfaias litúrgicas - mas também de um património imaterial da nossa tradição, da fé que premiou a cultura portuguesa”, dando o exemplo do Senhor dos Passos que “prolifera por todo o território nacional e também pelos territórios da expansão nacional”.

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  • João Felgar
    25 nov, 2023 Aveiro 22:26
    A igreja católica em Portugal apostou em apoiar turcos caucasianos de Duartes pios de bourbons e orleans, neste contexto os paroquianos nao entendem a postura da igreja em defender origem turcas para a coroa portuguesa. As confrarias nasceram na Alemanha e quando tinhamos monarquia a católica nao existia, só apareceu em 1718 a 1777, pois o povo tem a sua memoria e nao na usurpação de ideias e cultura de outros como faz a católica e os turcos bourbons que usurparam casas como Bragança em 1956 com o acordo da igreja católica. O povo nao é estupido e as vossas orientacoes espirituais tende a desaparecer com o tempo, nas missas temos velhos com mais de 65 anos, o resto da populacao onde está? Um dia a monarquia vem novamente e eu com o mesmo ADN y U5b de meus antepassados reis portugueses, espanhois, belgas, austriacos, Habsburgos, com o meu 8 avô paterno João v com o mesmo sobrenome, um dia irei vos expulsar de Portugal, so porque vivem da mentira e da usurpação apoiando turcos à coroa dos meus antepassados, eu aguardo, Deus escreve torto por linhas direitas. Eu aguardo, como o meu 7 tio avô paterno d. José I vos ter expulsado em 1777

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