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D. Américo Aguiar: "A JMJ correu bem e vai dar lucro"

21 set, 2023 - 11:01 • Aura Miguel

O futuro cardeal e futuro bispo de Setúbal olha para trás e destaca o sucesso da Jornada Mundial da Juventude. Meio a brincar meio a sério declara: "Lamento, desta vez não correu mal, nem deu prejuízo; desta vez correu bem e deu lucro. Peço desculpa."

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D. Américo Aguiar: "A JMJ correu bem e vai dar lucro"

Na primeira entrevista que concede depois de conhecida a sua nomeação para bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar faz um balanço positivo da Jornada Munidal da Juventude (JMJ), cuja organização liderou.

"A JMJ correu bem e vai dar lucro", garante o futuro cardeal, em entrevista à Renascença.

Sobre o futuro da Fundação JMJ, D. Américo diz que a decisão caberá ao patriarca de Lisboa, D. Rui Valério.

A Fundação JMJ foi criada para acompanhar tratar e pôr de pé a Jornada Mundial da Juventude. O que é que vai acontecer agora? Vai deixar de existir?

A Fundação foi criada porque era necessário um ente que desse personalidade jurídica a todas as tarefas e contratos que foram realizados. O que estava pensado era que ela fosse extinta quando tudo terminasse - estamos a falar das responsabilidades legais, jurídicas, compromissos. Agora, chegados ao fim e terminadas todas as operações legais e formais, vai caber ao senhor Patriarca, o senhor D. Rui Valério, avaliar se é de extinguir ou, porventura, perpetuar a Fundação, dando-lhe como missão trabalhos e tarefas no mundo da juventude e dos projetos da juventude. Quer uma, quer outra, fazem sentido.

E as contas?

Nós estamos a terminar os pagamentos. Eu tenho um compromisso com Portugal e com os portugueses - que, de vez em quando, me lembram - são dois meses ainda. Nós estamos a terminar os pagamentos relativos à alimentação. Estamos a falar de quase 2.000 operadores de restauração, restaurantes, snack-bares e afins. Não chega, mas podemos estar próximos dos 20 milhões de euros relativos a pagamentos na área da restauração e de alimentação. Nós estamos também, ao mesmo tempo, a tratar dos pagamentos e a fechar o dossier dos transportes. Nós estamos a falar à volta de oito milhões de euros em transportes. Nós estamos a terminar o pagamento relativo a estruturas, produção, higiene, segurança, serviços em volta de tudo que aconteceu, no Parque Tejo da nossa responsabilidade, no Parque Eduardo VII da nossa responsabilidade, bem como o palco e da frente de Belém, com a Cidade da Alegria e com o Parque do Perdão. E tudo isto, que pode andar à volta do que é a nossa responsabilidade direta, penso que não chegará aos 5 milhões de euros.

Quando vamos conhecer os resultados?

Estamos quase a ficar prontos, mais semana menos semana, para partilharmos com Portugal e com os portugueses, estes blocos grandes, que são a maioria das contas. Porque as contas da Fundação do ano 2023 só podem ser encerradas a 31 de dezembro de 2023. Gostava que as pessoas entendessem: até 31 de dezembro, não podemos fechar as contas. Depois, a auditora Deloitte vai trabalhar conosco o primeiro trimestre de 2024, para fazer um relatório, para fazer auditoria e nos entregar o resultado. Ou seja, tudo estará conforme a lei, conforme os preceitos, com todas as recomendações de transparência, tudo estará disponível, penso que em Maio, Junho de 2024, das contas da Fundação relativas a 2023. Já estão no site as de 2022, 2021 e as outras. Em relação às contas da semana, as tais relativas aqueles grandes blocos, penso que, durante o mês de Outubro, as vamos poder partilhar com Portugal e os portugueses. E depois, cada um avalia, uns concordam, outros discordam, acho que isso depende da liberdade de expressão e do entendimento que as pessoas tenham. Nós é que não queremos deixar de partilhar com todos aquilo que foi um esforço de todos.

E o balanço é positivo?

A jornada correu bem, vai ter retorno financeiro, vai dar lucro. Nós já dissemos que com o Governo, com a Câmara Lisboa e com a Câmara de Loures vamos dar um fim essas verbas que forem lucro para reverterem para os jovens desta geografia. E por quê? Porque a Câmara de Loures e a Câmara de Lisboa foram as que assumiram a fatia leão do empenho das autarquias, porque depois Cascais e Oeiras e todas as autarquias do país tiveram empenho, dedicação e ajuda, mas a escala foi diferente, não é?

Mas daquilo que já conhece, fica com uma visão optimista?

Há pouco, até brinquei com um seu colega dizendo-lhe "lamento, desta vez não correu mal, nem deu prejuízo; desta vez correu bem e deu lucro. Peço desculpa".

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