21 set, 2023 - 14:14 • Henrique Cunha
Na conferência de imprensa, depois da sua nomeação pelo Papa Francisco como bispo de Setúbal, o futuro cardeal expressou, na qualidade de "responsável, por mais alguns dias, por um grupo de comunicação social [Grupo Renascença Multimédia]", que vive "as dificuldades e os problemas e os anseios e os sonhos dos trabalham e dos que têm de governar os órgãos de comunicação social".
Américo Aguiar fez também questão de afirmar que, na sua opinião, "a informação tem de ser obrigatoriamente intermediada por jornalistas". "Não defendo a ideia do cidadão jornalista. Isso leva-nos por caminhos complicados", acrescentou.
Nesta conferência, no paço episcopal do Porto - para demonstrar a sua ligação a D. Manuel Martins, primeiro bispo de Setúbal e que, entre outras coincidências, também é natural de Leça do Balio -, D. Américo reforçou a ideia de que vai para a nova diocese de "peito e braços apertos", com uma mochila "carregada de todos para todos". E anunciou toda a sua disponibilidade, garantindo "mangas arregaçadas".
"Não sou salvador da pátria, não sou um messias, mas sou um fazedor e, portanto, toda a gente que precisar de ajuda, das mais diversas realidades, pode contar comigo", reforçou.
Uma das preocupações de D. Américo está voltada para um dos grandes problemas dos jovens, a habitação. O futuro cardeal promete empenhar-se na procura de soluções e reconhecendo que "os governos e as autarquias e os eleitos têm que resolver e providenciar", mas adverte que "há muitas coisas que tem de ser a sociedade a resolver".
"Gostaria muito que, na realidade da diocese de Setúbal, pudéssemos reforçar as respostas para que os jovens possam sonhar e fazer os seus cursos e possam ser ajudados na questão da habitação, porque é, de facto, um flagelo quando um jovem em dificuldades tem de procurar alojamento", sublinhou.
Aos jovens, D. Américo pediu aquilo que por diversas vezes ouviu ao Papa Francisco: "Não sejais administradores de medos, mas quero que sejais empreendedores de sonhos".