12 out, 2023 - 21:41 • Teresa Paula Costa
Desde maio e até 10 de outubro, deslocaram-se ao santuário de Fátima cerca de 4,4 milhões de peregrinos, anunciou nesta quinta-feira o reitor daquele espaço de oração mariano.
Em entrevista aos jornalistas antes do início da peregrinação de outubro, o padre Carlos Cabecinhas afirmou que “foi um ano particularmente significativo sobretudo em termos de recuperação da afluência de peregrinos ao santuário”.
“No passado ano de 2022, notamos uma recuperação enorme em relação aos tempos da pandemia, mas ficamos aquém do que eram os números de 2019”, disse o sacerdote.
Desde maio a 10 de outubro, “estamos com uma afluência de cerca de 4,4 milhões de peregrinos desde maio até 10 de outubro, o que significa um aumento significativo relativamente a 2022, mas que nos deixa ainda aquém dos números que se verificaram em 2019”.
Contudo, há sinais positivos. Carlos Cabecinhas destacou a recuperação dos grupos estrangeiros.
“Tivemos 3 107 grupos, de 95 países, incluindo Portugal, 1 417 grupos da Europa, e 295 do continente asiático, provenientes de 16 países, sobretudo da Coreia do Sul”.
Outro sinal de recuperação é o facto de Espanha continuar a ser o país com mais presença de peregrinos em Fátima, logo seguida da Itália, que relegou a Polónia para um lugar abaixo na tabela.
De destacar ainda a presença na cova da Iria de muitos peregrinos dos Estados Unidos da América.
“É um crescimento que nos deixou espantados pois foi exponencial ao longo deste ano em termos de grupos organizados”, que foram tantos como os de Espanha, o que nos parece muito significativo”, salientou o reitor.
Da Ucrânia vieram também 14 grupos com 2460 peregrinos, o que não é habitual, revelou o Padre Carlos Cabecinhas.
Nas intenções das orações da peregrinação de outubro estão a assembleia geral do Sínodo dos bispos que decorre no Vaticano e a paz no mundo.
“Tínhamos o drama da guerra na Ucrânia, agora temos o drama da guerra em Israel, na Terra Santa, e nos territórios palestinianos, nomeadamente na Faixa de Gaza. São questões que nos preocupam de forma muito especial, e às quais não podemos de forma nenhuma ficar indiferentes, e por isso, são situações que marcarão esta peregrinação”.
O cardeal D. Américo Aguiar preside às celebrações desta peregrinação, para a qual se inscreveram 114 grupos, particularmente de Portugal, Itália e França.