29 nov, 2023 - 23:00 • Tomás Anjinho Chagas , enviado a Roma
Nas imediações da Piazza Navona, no coração de Roma, a língua rainha é o português: centenas de portugueses preenchem os passeios junto à Igreja de Santo António dos Portugueses. Estão na missa preparatória para serem recebidos pelo Papa.
Esta quinta-feira são recebidos no Vaticano para agradecerem a Francisco a escolha de Lisboa para realizar a JMJ. Depois de uma missa presidida por D. Manuel Clemente, mantêm-se no exterior da igreja a conviver: o objetivo é perpetuar o espírito da JMJ.
"Está tudo na vida de cada um de nós", resume o Padre Miguel Rodrigues, que faz parte do coro da JMJ23. "A Jornada não acabou de certeza, essa é a grande mensagem", explica à Renascença rodeado pelos parceiros musicais.
Segundo D. Américo Aguiar, são 900 pessoas as que vão ser recebidas por Francisco. De todos os lados e com todas as idades.
"Gostava de lhe agradecer e dizer que gosto muito dele" revela Teresa Tojal, com 12 anos, referindo-se ao Papa. Tem dois irmãos ao lado, que mais tímidos alinham no tom da conversa.
A audiência com o Papa esteve em risco por causa dos problemas de saúde de Francisco que obrigaram ao cancelamento da viagem do chefe máximo da Igreja Católica ao Dubai. O desfecho sorriu aos portugueses que vão, ao que tudo indica, ser recebidos por Francisco no Vaticano.
"Para nós já é o comum", ironiza o cardeal D. Américo Aguiar, referindo-se à incerteza que também se verificou antes da JMJ, altura em que o Papa também estava debilitado fisicamente.
O presidente da Fundação JMJ23 e bispo de Setúbal assume que não estava à espera que tanta gente quisesse vir a Roma. "Nós começámos por organizar um grupo de 100 pessoas. Agora somos 900", refere à Renascença.
A afluência pode até ajudar a animar o Papa Francisco: "Vai ser muito bom, vai fazer melhor do que xarope", atira D. Américo Aguiar.