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Advento

D. Américo Aguiar pede orações pela paz e "mesa posta para todos"

04 dez, 2023 - 16:04 • Marta Pedreira Mixão

O cardeal salientou ainda várias preocupações com o futuro de muitos em situações mais frágeis: "dos jovens, dos desempregados, dos que estão sem casa, o sofrimento pelas guerras a que assistimos de longe".

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O cardeal D. Américo Aguiar alerta, na sua mensagem para o Advento, que este tempo “tão belo da História” da Fé dos cristãos, “contrasta drasticamente com um mundo em guerra" e pede orações pela paz.

"Precisamente na Terra de Jesus, mas também na Ucrânia, povos que visitei em julho passado, na Rússia, em África. E assim como somos convidados a ajoelhar perante a beleza do presépio, peço-vos que sejais capazes de vos ajoelhar perante o sofrimento de tantas crianças, de tantas mães e pais. Ajoelhar, pedindo a Deus que a todos conceda a Paz. Ajoelhar pedindo a Deus que nos torne mais simples, mais puros, mais atentos, mais generosos", apelou o cardeal.

Na mensagem para o Advento, o bispo de Setúbal refere ainda que se celebra o Advento numa altura em que "tudo parece concorrer para o esquecimento da dimensão sobrenatural do Natal" e que "tendemos a viver o Natal entre os nossos", mas acrescenta que "o que o Natal nos pede é outra coisa".

"Pede-nos que o anúncio deste nascimento chegue a todos. Que a alegria das luzes, da festa e da mesa posta seja para todos", escreve o mais jovem cardeal da Igreja Católica portuguesa.

Na sua primeira mensagem de Advento enquanto bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar afirma ainda que está a "conhecer esta grande Diocese" e que o seu "coração vai-se moldando face às realidades" que vai encontrando. "Realidades que já ocupam um lugar único na vida deste vosso Pastor que entregou a sua vida toda, por todos, sem exceção", afirma o bispo de Setúbal.

D. Américo Aguiar apela ainda à solidariedade e relembra a mensagem do Papa Francisco e a sua insistência "na capacidade urgente de nos abrirmos a todos, de acolher nas nossas paróquias todos os que nos batem à porta, com mais ou menos barulho. Uns zangados, outros desiludidos, uns felizes, outros cheios de esperança. Uns com um caminho de Fé feito, outros completamente afastados, mas inquietos".

O cardeal salientou ainda várias preocupações com o futuro de muitos em situações mais frágeis: “Neste meu primeiro Natal na diocese de Setúbal, quero muito deixar-vos a Alegria e a Esperança de Belém. Também vos deixo as minhas inquietações, a preocupação com o futuro dos jovens, dos desempregados, dos que estão sem casa, o sofrimento pelas guerras a que assistimos de longe…”..

"Que a jovem Mãe do Menino Jesus seja a nossa guia neste tempo de Advento e que José seu esposo, seja o melhor exemplo de entrega e confiança em Deus", conclui na mensagem assinada em Roma, na Basílica de Santo António de Pádua, de que tomou posse no domingo.

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