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Patriarca de Lisboa. Redução do número de urgências “embaraça celebrações do 25 de abril”

04 dez, 2023 - 13:42 • Liliana Monteiro , Miguel Marques Ribeiro

D. Rui Valério reage a notícia Renascença. Considera que existe um “retrocesso” do sistema público de saúde que afeta, sobretudo, as “pessoas mais necessitadas, que não têm possibilidade para ir para o privado”.

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Patriarca de Lisboa. Redução do número de urgências “embaraça celebrações do 25 de abril”

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, reagiu esta segunda-feira à diminuição do número de consultas de urgência realizadas no Sistema Nacional de Saúde.

Para o patriarca, a notícia avançada pela Renascença e que aponta para a existência de menos 1.800 atendimentos de urgência por dia desde outubro, em relação ao ano passado, é motivo “de uma certa tristeza" e “embaraça as celebrações das bodas de ouro do 25 de Abril”, referiu.

As declarações foram produzidas ao final da manhã durante a cerimónia da bênção da imagem de Santa Bárbara, em Campolide, no estaleiro onde começaram os trabalhos de perfuração para criar os tuneis do plano geral de drenagem de Lisboa.

D. Rui Valério vê sinais de que existe uma degradação do sistema público de saúde. “Estão a surgir em Portugal, na Europa e no mundo sinais que nos apontam para um certo retrocesso. É triste sabermos, após 50 anos de democracia, que estamos a celebrar brevemente, uma notícia desta natureza”, afirmou.

O patriarca de Lisboa sublinha ainda que esta situação afeta, sobretudo, as populações com menores recursos económicos, que não têm possibilidade de recorrer a alternativas mais dispendiosas.

“Corresponde ao número de pessoas mais necessitadas, mais fragilizadas, que pertencem àquele grupo maioritário em Portugal, que não tem possibilidade para ir para o privado”, defendeu.

D. Rui Valério deixa ainda um apelo num momento de desafio para o país. É preciso olhar para esta temática e “restituir às pessoas, ao ser humano, uma prioridade e uma centralidade. E, particularmente, àqueles que mais necessitam, aos mais pobres, aos mais frágeis, aquelas pessoas que passam horas noturnas perante um centro de saúde para conseguir uma consulta”, declarou.

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