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​“A guerra é uma negação da humanidade. Só vencem os fabricantes de armas”, alerta o Papa

24 jan, 2024 - 09:36 • Aura Miguel

Dirigindo-se aos peregrinos reunidos na Aula Paulo VI para a Audiência Geral das quartas-feiras, Francisco pediu reforçadas orações “pela paz, para que cessem os conflitos, para que se abandonem as armas, para que se ajude as populações exaustas”.

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“A lógica do ódio e da violência nunca se podem justificar ”, disse esta quarta-feira de manhã o Papa a propósito do Dia Internacional para a comemoração das Vítimas do Holocausto, que se assinala no próximo sábado, dia 27.

“Que a recordação e a condenação daquele horrível extermínio de milhões de judeus e de outras pessoas, na primeira metade do século passado, ajude todos a não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca se podem justificar porque negam a nossa própria humanidade. A própria guerra é uma negação da humanidade”, afirmou.

Dirigindo-se aos peregrinos reunidos na Aula Paulo VI para a Audiência Geral das quartas-feiras, Francisco pediu reforçadas orações “pela paz, para que cessem os conflitos, para que se abandonem as armas, para que se ajude as populações exaustas”.

O Santo Padre referiu-se, sobretudo, ao que se passa no Médio Oriente, na Palestina e Israel e também “às notícias inquietantes que chegam da martirizada Ucrânia, sobretudo os bombardeamentos que atingem lugares frequentados por civis, causando mortes, destruição e sofrimento”.

Por fim, o Papa implorou a todos, especialmente aos que têm responsabilidades políticas, para que protejam a vida humana e ponham fim às guerras. “Não nos esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota, sempre. Só vencem os fabricantes de armas”, disse.

Avareza é doença do coração, não da carteira

Nas reflexões da catequese desta manhã, o Papa disse que não é pecado ter dinheiro ou possuir grandes patrimónios, o problema é quando a forma de apego aos bens impede o homem de ser generoso.

Prosseguindo a série de reflexões dedicada a vícios e virtudes, Francisco falou hoje da avareza, “um vício transversal, que muitas vezes nada tem a ver com o saldo da conta corrente”. Trata-se de “uma relação doentia com a realidade, que pode levar a formas de acumulação compulsiva ou patológica. É uma doença do coração, não da carteira”.

O Papa propôs a meditação na morte como o melhor método, drástico e eficaz, para ultrapassar este vício. “Por mais que uma pessoa acumule bens neste mundo, temos absoluta certeza de uma coisa: eles não vão caber no caixão”, sublinhou.

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