15 fev, 2024 - 12:55 • Ângela Roque
O bispo de Leiria-Fátima apela ao empenho dos cristãos nesta Quaresma. “É um tempo de caminho, de preparação, de dar consistência aos projetos, aos sonhos, à esperança”, começa por sublinhar a mensagem, que lembra que a reflexão e a inquietação devem fazer parte do processo de crescimento interior que a Igreja propõe nesta altura.
Recorrendo às imagens bíblicas do deserto, onde estiveram Moisés e Jesus, D. José Ornelas lembra que o primeiro sentido da Quaresma é “o encontro tu a tu, com Deus”, que pode acontecer em qualquer espaço ou situação - “no silêncio do nosso quarto ou de uma igreja, num passeio tranquilo”. “Daí há de nascer a nossa missão e o nosso compromisso” para “transformar o mundo”, indica.
Para o bispo, a Quaresma “é tempo de recordar, de agradecer, de traçar caminhos de coerência e de futuro”, a nível pessoal, para cada um, mas também na Igreja que, recorda, “no dizer do Papa Francisco em Fátima, se assemelha à capelinha da Cova da Iria: tem colunas para sustentar um teto que dá abrigo, mas não tem muros, de modo que esteja sempre aberta a todos, todos, todos”.
“Nesta Igreja todos temos uma função e uma missão, desde o bebé que é levado ao batismo àquela pessoa de quem nos despedimos num funeral”, afirma ainda, lembrando que no atual “caminho de renovação e conversão pastoral” se torna ”particularmente importante a participação ativa de todos, em espírito sinodal”.
“Deus conta com o papel de todos e de cada um, segundo a função que lhe pede na Igreja. Não fiquemos a ver, mas participemos ativamente no caminho sinodal da nossa Igreja”, apela.
A mensagem lembra que a peregrinação diocesana ao Santuário de Fátima está marcada para 16 e 17 de Março e anuncia o destino da renúncia quaresmal deste ano: uma parte destina-se “à Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima, a fim de acudir às necessidades das muitas pessoas que pedem auxílio”, e a outra será “para acudir, através da Igreja na Palestina, aos desalojados da devastadora guerra que deixou dezenas de milhares de pessoas mortas e privou mais de 1 milhão de outras dos mais elementares bens de subsistência”.