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audiência geral

Papa saúda dois amigos, um judeu e o outro árabe, que perderam os filhos na guerra

27 mar, 2024 - 09:50 • Aura Miguel

Na audiência geral desta quarta-feira, Francisco leu pessoalmente todo o texto da catequese e sublinhou o valor da virtude da paciência.

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O Papa saudou, de modo especial, dois amigos - Bassan Aramin e Rami Elhanan - que perderam os filhos na guerra em Gaza. Ambos participaram na audiência geral desta quarta-feira, dedicada ao tema da paciência.

“Paciência é saber suportar o mal. Aqui, hoje, nesta audiência, estão duas pessoas, dois pais, sentados na primeira fila. Um israelita e um árabe. Ambos perderam os seus filhos nesta guerra e ambos são amigos”, disse Francisco. “Não olham para a inimizade da guerra mas para a amizade entre dois homens que se estimam e que passaram pela mesma crucificação”.

O Papa valorizou e agradeceu o testemunho destes homens “que sofreram, através dos seus filhos, a guerra na Terra Santa”.

Como suportar as pessoas chatas

O Papa, que desta vez leu pessoalmente todo o texto da catequese, sublinhou o valor da virtude da paciência. Explicou que a paciência de Cristo “não é uma mera resistência estóica, mas o fruto dum amor muito grande, capaz de responder ao mal com o bem”. E, neste contexto, concluiu que “não há melhor testemunho do amor de Cristo do que encontrar um cristão paciente”.

Exemplo desta virtude é a quantidade de mães e pais, trabalhadores, médicos e enfermeiros, doentes que “todos os dias, escondidos, embelezam o mundo com uma santa paciência”. Ou seja , “como afirma a Escritura, ‘é melhor ser paciente do que ser um herói’ (Pr 16,32).”.

Francisco deixou um conselho para esta Semana Santa: "Nestes dias far-nos-á bem contemplar o Crucifixo para assimilar a sua paciência. Um bom exercício é também levar-Lhe as pessoas mais maçadoras, pedindo-lhe a graça de exercer com elas aquela obra de misericórdia que é ao mesmo tempo conhecida e ignorada: suportar pacientemente as pessoas chatas”. E para alcançar esta virtude, o Papa propõe que se olhe para essas “com compaixão, com o olhar de Deus, sabendo distinguir os seus rostos dos seus erros”.

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