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Missa Ceia do Senhor

“Não podemos viver sem Eucaristia”, lembra bispo de Vila Real

28 mar, 2024 - 19:11 • Ângela Roque

Na celebração que evocou a Última Ceia com os apóstolos, e que foi transmitida pela Renascença, D. António Augusto Azevedo pediu coerência aos cristãos: não podem deixar de ir à Missa nem de estar ao serviço dos outros, o que implica muitas vezes “abdicar de grandezas e superioridades”.

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Na Missa vespertina de Quinta-feira Santa evoca-se a Última Ceia, que instituiu a Eucaristia. “Não podemos viver sem Eucaristia. Não podemos deixar de cumprir o apelo de Jesus: ‘fazei isto em memória de mim’. É o apelo que Jesus continua a fazer”, sublinhou o bispo de Vila Real na celebração a que presidiu na Sé da cidade, para lembrar aos cristãos o dever de irem à Missa. Nem todos o fazem, mas há esperança, afirmou D. António Augusto Azevedo.

“A este propósito, há sinais ambivalentes: há alguns cristãos esquecidos da Eucaristia, que não participam assiduamente na Missa dominical. Mas há também um número crescente de cristãos, sobretudo de jovens, que estão a redescobrir o valor essencial da celebração eucarística”, e também “sinais promissores, de comunidades que se esforçam na preparação mais digna das celebrações e de leigos que se preparam para os vários serviços”, indicou.

Quem acolhe “o pão partido e dado na Eucaristia está mais preparado para servir os irmãos”, considerou ainda o bispo, para quem é preciso refletir e fazer memória dos gestos de Cristo, como o lava pés aos apóstolos, que foi tudo menos uma atitude de poder.

Aprender esta lição d’Aquele que veio para servir e não para ser servido, implica abdicar de tantas veleidades, de grandezas e superioridades. Mesmo em sociedades mais igualitárias, em que os direitos de todos são reconhecidos, persistem ainda expressões de injustas desigualdades, de domínio e de opressão”, sublinhou D. António Augusto Azevedo, acrescentando que “na sociedade, e muito menos na Igreja, não podem existir senhores e servos. Aliás, o único mestre, Jesus Cristo, fez-se Ele mesmo servo de todos. Ele deu o exemplo e continua a desafiar-nos ‘fazei-o vós também’ “.

Nesta celebração, que foi transmitida pela Renascença, D. António Augusto Azevedo lavou os pés a 12 pessoas escolhidas entre a comunidade e apresentadas pela Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real.

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