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Papa em Timor-Leste. Ramos Horta mostra "grande alegria" e revela pormenores da visita

12 abr, 2024 - 18:03 • Pedro Mesquita

Presidente timorense e Nobel da Paz espera metade da população do país em Díli para receber Francisco. Programa entre 9 e 11 de setembro vai ser "relativamente ligeiro", para não sobrecarregar o Papa.

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A entrevista de Ramos Horta, presidente de Timor-Leste, à Renascença
Papa Francisco e Ramos Horta reunidos no Vaticano Foto: Vatican Media/Catholic Press Photo/IPA

O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, revela uma “grande alegria” com a visita do Papa Francisco ao país, anunciada para os dias 9, 10 e 11 de setembro.

Em entrevista à Renascença, Ramos Horta revela pormenores da visita com um “programa relativamente ligeiro”, para não sobrecarregar o Papa, e que fará deslocar a Díli cerca de 700 mil pessoas, metade da população de Timor-Leste.

“Em todo Timor já se esperava a visita de Sua Santidade e é uma grande excitação, uma grande alegria para este país, de mais de 99% católicos. Espera-se, provavelmente, até 700 mil pessoas, de uma população de 1,4 milhões, à espera em Díli”, afirma o Nobel da Paz em 1996.

A visita terá, segundo o presidente timorense, dois objetivos: “que o povo possa estar perto de Sua Santidade e que o Papa realize o seu desejo de estar perto do povo, sobretudo da juventude”, com o momento mais alto da visita a ser a celebração de uma missa em Dili.

Para a visita, Ramos Horta adianta que o Governo alocou 12 milhões de dólares para melhorias de infraestruturas, como a adaptação de alguns espaços, reabilitação de estradas em Díli e a logística, segurança, saúde e alojamento de visitantes, para além de fiéis.

A visita de Francisco surge 35 anos depois da última passagem de um Papa pelo território. Em 1989, durante a visita de João Paulo II, Timor-Leste estava ainda ocupado militarmente pela Indonésia, mas Ramos Horta não esquece a importância do momento.

“João Paulo II colocou Timor-Leste no mapa do mundo. Foi de extrema importância, para o povo que viveu anos na escuridão, na desesperança e no isolamento do mundo”, lembra.

A passagem por Timor-Leste durante três dias faz parte da viagem mais longa de Francisco até ao momento, que inclui passagens pela Indonésia, Papua-Nova Guiné e Singapura.

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