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audiência geral

Papa Francisco: ​"A tortura fere a dignidade humana"

17 abr, 2024 - 09:17 • Henrique Cunha

"Pensemos nos prisioneiros de guerra. Que o Senhor mova a sua vontade para os libertar a todos."

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O Papa Francisco lembrou, esta quarta-feura, os prisioneiros de guerra que são torturados.

No final da tradiconal audiência pública desta quarta-feira, Francisco disse que "a tortura de prisioneiros é uma coisa muito ruim, não é humana".

"Pensemos nos prisioneiros de guerra. Que o Senhor mova a sua vontade para os libertar a todos. E falando de prisioneiros vem-me à mente todos aqueles que são torturados. A tortura de prisioneiros é muito ruim; não é humana. Pensemos em tantas torturas que ferem a dignidade da pessoa", sublinhou.

O Papa voltou também a lembrar todas as vítimas de guerra, e pediu que se pense “na Terra Santa, na Palestina, em Israel e também na Ucrânia, na atormentada Ucrânia".


“Medir bem as palavras”. Papa fala da virtude da temperança


Na cataquese desta quarta-feira, Francisco focou-se na quarta e última virtude cardeal, sublinhando que “a qualidade da pessoa temperante é o equilíbrio, uma qualidade hoje tão preciosa como rara”.

“De facto, no nosso mundo, tudo nos empurra para o excesso, enquanto a temperança faz comportar-nos com discrição, humildade e mansidão”, defendeu.

“A pessoa temperante sabe pesar e medir bem as palavras”, disse o Papa, prosseguindo: “Ela não permite que um momento de raiva arruíne relacionamentos e amizades que depois só podem ser reconstruídas com dificuldade. Especialmente na vida familiar, na qual as inibições são reduzidas, todos corremos o risco de não controlar as tensões, as irritações e a raiva. Há um tempo para falar e um tempo para calar, mas ambos exigem a medida certa. E isso se aplica a muitas coisas, por exemplo, o estar com outras pessoas e o estar sozinho."

Francisco diz que “o temperante sabe que nada é mais inconveniente do que corrigir um outro, mas também sabe que é necessário: caso contrário, daria rédea solta ao mal”, porque “em certos casos, a pessoa temperante consegue manter os extremos juntos: afirma os princípios absolutos, reivindica os valores inegociáveis, mas também sabe compreender as pessoas e demonstra empatia por elas”.

“Não é verdade que a temperança nos deixa grisalhos e tristes. Antes, faz-nos desfrutar melhor dos bens da vida: o estar juntos à mesa, a ternura de certas amizades, a confiança nas pessoas sábias, o espanto perante as belezas da criação. A felicidade com a temperança é a alegria que floresce no coração de quem reconhece e valoriza o que é mais importante na vida”, acrescentou.

O Papa defendeu que “mesmo com os prazeres, a pessoa temperante age criteriosamente” e lembrou que “por exemplo, para apreciar um bom vinho, saboreá-lo em pequenos goles é melhor do que o engolir todo num só gole”.

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