30 mai, 2024 - 21:21 • Vasco Bertrand Franco
O patriarca de Lisboa apelou esta quinta-feira à paz no mundo. Sobre a visita de Volodymyr Zelensky a Portugal, D. Rui Valério diz que o Presidente da Ucrânia ficará na história como um “profeta do nosso tempo” e um exemplo de coragem.
“O senhor Presidente da Ucrânia ficará na história como um dos profetas do nosso tempo, não só pela sua coragem e bravura. Mas, sobretudo pela sua lucidez”, afirmou D. Rui Valério, à Renascença, após a procissão do Corpo de Deus.
O patriarca considera que Zelensky envia “à sociedade ocidental opulenta e do bem-estar” uma “mensagem muito evangélica”, de que as dificuldades só são ultrapassadas com união.
“É por isso que ele teve a humildade de sair do seu país, de junto do seu povo, para vir ao encontro da nossa gente, para nos dizer que não há nenhum português que não seja importante para este desígnio. Para este objetivo não há nenhum português que se possa sentir excluído desta urgência, de darmos todas as mãos, porque só unidos é que nós vamos longe. E o ir longe significa construir a paz”, afirmou D. Rui Valério.
Sobre as eleições europeias de 9 de junho, o patriarca de Lisboa apela à “participação ativa” dos portugueses.
“A Europa não é uma instância longe, a Europa somos nós e que todo o português, todo o cidadão desta maravilhosa nação que é Portugal, se sinta pedra viva desta grande construção que a Europa”, sublinhou.
Milhares de fiéis marcaram presença na procissão do Corpo de Deus, em Lisboa. D. Rui Valério participou pela primeira vez na procissão mais antiga da cidade enquanto patriarca.
O patriarca de Lisboa confessou-se emocionado pela participação de pessoas diferentes nesta celebração da Igreja Católica.
“Tivemos aqui um microcosmos do nosso universo. Ao longo do percurso, nós fomo-nos cruzando e encontrando com pessoas, homens e mulheres provenientes das mais diversas latitudes e geografias. E é curioso o comum respeito e igual admiração de todos para com Cristo. A emoção foi pela presença de quem participou, mas foi também por sentir que Cristo continua a ser aquele centro que a todos congrega, que todos une”, referiu D. Rui Valério.