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D. José Cordeiro: "Eucaristia é o centro vital da Igreja"

31 mai, 2024 - 19:32 • Olímpia Mairos

Arcebispo de Braga sublinhou que “a Eucaristia é para todos, depende de nós que seja cada vez mais de todos”, apontando à necessidade de recentrar a celebração.

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O arcebispo primaz de Braga, D. José Cordeiro, disse, na homília da eucaristia desta sexta-feira, que “celebrar a Eucaristia” é “reconhecer a centralidade do Senhor quando parte e reparte o pão e juntos fazermos o mesmo”.

“A graça da celebração da Eucaristia não é mera devoção particular, mas o momento fundamental para a edificação da Igreja, recebido como dom e mistério”, observou.

Recordando que a Igreja celebrou na passada quinta-feira a solenidade do santíssimo Corpo e Sangue de Jesus, conhecida pela festa do Corpo de Deus, D. José Cordeiro afirmou tratar-se de uma “bela designação”, na medida em que “Deus tem um corpo em Jesus, o pão partido e partilhado na esperança”.

“A Eucaristia é o centro vital da Igreja”, sublinhou o prelado, destacando que “a Igreja, respondendo ao desejo de levar Jesus a todos e todos a Jesus, repete o gesto que o Senhor realizou: parte e reparte o pão e oferece o cálice com vinho”.

D. José Cordeiro, aprofundando as consequências da centralidade da eucaristia na vida da comunidade, cita S. Justino, remetendo à caridade fraterna: “«Os que possuímos bens socorremos a quem deles tenha necessidade; (…) Os que possuem bens em abundância dão livremente o que lhes parece bem, e o que se recolhe põe-se à disposição daquele que preside. Este socorre os órfãos e viúvas e os que, por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram em necessidade, assim como os encarcerados e os hóspedes que chegam de viagem; numa palavra, ele toma sobre si o encargo de todos os necessitados»”.

“A Igreja evangeliza pela Eucaristia, na Eucaristia e a partir da Eucaristia”, conclui.

Já esta manhã, na sessão de abertura do V Congresso Eucarístico, o arcebispo de Braga tinha afirmado que “a Eucaristia é para todos, depende de nós que seja cada vez mais de todos”, e apontou à necessidade de recentrar a eucaristia.

Por sua vez, o presidente do Comité Pontifício para os Congressos Eucarísticos Internacionais, padre Corrado Maggioni, disse, na conferência que proferiu ao final da manhã, que “a Eucaristia celebrada na igreja tem de ser expressa fora da igreja, através de respostas reais às necessidades concretas das pessoas. Os sacramentos são “para nós, homens, e para a nossa salvação”.

“É impensável hoje construir uma nova igreja exclusivamente para a liturgia, sem ter em conta o serviço à fraternidade que este lugar “eucarístico” implica e exprime”, defendeu.

“Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-n’O ao partir o Pão»” é o tema do CEN que decorre na arquidiocese minhota até ao próximo domingo, 100 anos depois da sua primeira edição.

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