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Rita Valadas: Precisamos de “ousadia” para responder à pobreza

01 jun, 2024 - 16:15 • Olímpia Mairos

A presidente da Cáritas Portuguesa defendeu este sábado a necessidade de um trabalho cada vez mais em rede para responder aos números da pobreza.

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“Todos somos poucos” para responder à escalada da pobreza em Portugal, diz a presidente da Cáritas Portuguesa.

Rita Valadas participou este sábado num workshop sobre os pobres, no âmbito do V Congresso Eucarístico Nacional (CNE), assumindo a “enorme preocupação” com os números da pobreza e defendendo, por isso, um trabalho cada vez mais em rede.

“Temos de nos alinhar. Se num território há uma prioridade diferente do outro território, temos de fazer um pouco de esforço para tentar ver um bocadinho mais longe e trabalharmos juntos. Cada um para seu lado, não é possível”, alertou.

À Renascença, a responsável explicou que “é o mesmo que achar que a fome se resolve com uma sopa e andamos todos a dar sopas diferentes em sítios diferentes” e, “depois, a sopa não dá para todos e as pessoas ficam com o problema na mesma e nós com a mesma preocupação”.

Rita Valadas apontou, assim, “à ousadia” para responder ao fenómeno, que afeta também muitos imigrantes que chegaram ao nosso país.

“Nós sabemos que temos uma vocação, que temos um propósito. Vamos ver como é que chegamos lá. Juntos, certamente, chegaremos mais longe e vamos saber como é que o fazemos. Um dom de um lado, um dom do outro lado, certamente vamos conseguir fazer mais e melhor e conseguir ir mais longe, porque depois podemos partir para o outro”, vincou.

Segundo a presidente da Cáritas Portuguesa, “neste momento, estamos todos muito preocupados com a pobreza base - estrutural - porque não conseguimos dar o próximo passo, de desenvolvimento, de alargamento da resposta”.

E, na visão de Rita Valadas, “os cristãos são chamados a ser pão e palavra" e, sobretudo, muito “coração, porque o que nós temos, que é um lucro imensurável - esta vontade de participar na melhoria da vida do nosso mais próximo -, é uma riqueza que é inqualificável, sobretudo se a usarmos como deve ser”.

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