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Congresso Eucarístico propõe linhas orientadoras para a Igreja em Portugal

02 jun, 2024 - 17:00 • Olímpia Mairos

Adequar os horários das igrejas ao “ritmo do mundo de hoje” e “a espiritualidade cristã aos ambientes digitais”, são algumas das propostas.

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O V Congresso Eucarístico Nacional (CEN) que se concluiu este domingo, em Braga, apontou sete linhas orientadoras para a Igreja Católica em Portugal.

Igrejas abertas, com horários mais adequados ao ritmo do mundo de hoje, novas linguagens, na liturgia, integrando os jovens nesse processo de renovação e adequando a espiritualidade cristã aos ambientes digitais e ao mundo secularizado, e reforçar a Eucaristia como escola de fraternidade e sacramento de unidade, são algumas das propostas dos congressistas.

Do encontro ficou também patente o desejo de uma periodicidade mais regular na realização dos congressos eucarísticos, esperando que “seja um contributo para a construção da paz, da esperança e um veemente apelo à promoção de uma ecologia integral”.

O documento conclusivo refere ainda que “estes foram dias festivos em que a Igreja em Portugal se reuniu para refletir e rezar a centralidade da Eucaristia na vida dos crentes e a missão confiada a cada um que comunga o Corpo de Jesus, de ser esperança no mundo e para o mundo, numa época desafiante e de vertiginosas transformações”.

Conheça aqui as conclusões:

  • Redescobrir que a centralidade eucarística vai para além do Domingo. A Eucaristia deve ser preparada e celebrada como verdadeiro encontro com Cristo Ressuscitado, evitando que seja apenas o cumprimento de um preceito. Para uma presença alegre, consciente, ativa e frutuosa da celebração urge uma mais cuidada formação litúrgica.
  • Manter as igrejas abertas e revalorizar a adoração eucarística. Os horários de abertura das igrejas devem ser adequados ao ritmo do mundo de hoje, procurando estimular os momentos de oração pessoal e envolver os leigos, confrarias do Santíssimo Sacramento, catequistas e demais agentes pastorais na dinamização dos momentos de adoração eucarística comunitária.
  • Procurar o equilíbrio entre a Tradição e a necessidade de introduzir novas linguagens na liturgia, integrando os jovens nesse processo de renovação e adequando a espiritualidade cristã aos ambientes digitais e ao mundo secularizado.
  • Reforçar a Eucaristia como escola de fraternidade e sacramento de unidade. O encontro comunitário na celebração do Domingo ultrapassa todas as fronteiras. Ao partilhar o pão, na mesa do altar, tornamo-nos companheiros de caminho e somos chamados a criar comunhão. A Eucaristia convoca todos, está aberta a todos e não afasta ninguém.
  • Garantir a autenticidade e coerência entre o que se vive e anuncia. Quem participa, celebra e comunga tem de se sentir comprometido e impelido à missão. A Eucaristia celebrada na igreja tem de ser expressa para além das suas portas, através das respostas reais às necessidades concretas das pessoas, estendendo o seu abraço a todos, especialmente aos mais pobres, indefesos e os que estão afastados.
  • Assumir a sinodalidade a partir da Eucaristia como lugar onde a Igreja se renova na comunhão, na participação e na missão.
  • Ser sinal de Esperança. O amor dos crentes à Eucaristia acreditada, celebrada, adorada e vivida consolida a fraternidade, promove o perdão e a paz, tornando-se fonte inesgotável de esperança para o mundo.

Com o tema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. ‘Reconheceram-nO ao partir o Pão’”, o encontro reuniu cerca de 1.400 participantes, quatro cardeais e 30 bispos, estando representadas todas as dioceses portuguesas

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