13 jun, 2024 - 12:12 • Ana Catarina André
O Papa Francisco destaca “as feridas físicas ou morais” que foram curadas graças à disponibilidade e entrega dos servitas, o primeiro grupo de voluntários do santuário de Fátima que, ontem, dia 12 de junho, assinalou 100 anos de existência.
Numa mensagem enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, que foi lida no início da missa deste 13 de junho, em Fátima, Francisco agradeceu o trabalho desenvolvido por estes homens e mulheres. “Desde aquele feliz dia de 12 de junho de 1924, memórias de incansável serviço se tem escrito”, refere o texto lido pelo reitor do santuário, padre Carlos Cabecinhas, em que o Papa concede também a bênção apostólica a estes voluntários e às respetivas famílias.
Na homilia da missa desta quinta-feira, 13 de junho, o bispo de Portalegre Castelo-Branco, D. Antonino Dias, que presidiu a esta peregrinação aniversária, pediu o fim da guerra, lembrando que a Rússia, país que Nossa Senhora pediu que lhe fosse consagrado, é hoje símbolo de “outras guerras que nos cercam”.
"A Rússia representa também todas as guerras que a natureza humana tem de travar com todos os inimigos da alma”, acrescentou o prelado, que neste 13 de junho celebra 50 anos de ordenação sacerdotal.
Dirigindo-se aos peregrinos, D. Antonino Dias sublinhou, ainda, que “Fátima não é um muro de lamentações e de dor”.
“Embora acolha e abrace muita dor e lamentação, Fátima é festa de perdão e de misericórdia, festa de conversão e de mudança de vida, festa de peregrinos na esperança. Ninguém vem a Fátima para celebrar a festa da dor e do sofrimento sem sentido”, rematou o bispo de Portalegre Castelo-Branco.
Nesta peregrinação aniversária de junho, que evoca a segunda aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos, estiveram presentes 43 grupos, 40 dos quais vieram de fora de Portugal, de países como a China, Polónia, Coreia do Sul, República Dominicana, Estados Unidos e Colômbia.