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Patriarca de Lisboa diz que "como Santo António, iremos transformar os campos de guerra"

13 jun, 2024 - 15:13 • Ecclesia

Patriarca convidou cada pessoa, a exemplo do santo português, a fazer «emergir a bondade» nos outros.

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O patriarca de Lisboa presidiu esta quinta-feira, dia 13 de junho, à Missa de Santo António e destacou que o santo português “hoje continua a tocar no coração” e, a seu exemplo, convidou a “transformar o mundo”.

“Abre-te totalmente a santo António, mostra-lhe o que vai no teu coração, ele compreende-te porque é santo e um santo universal, conhece a complexidade da nossa existência, conhece os dramas da nossa humanidade”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração que presidiu na igreja de Santo António à Sé, em Lisboa.

O patriarca de Lisboa destacou a disponibilidade à súplica e à prece do santo português e explicou que a santidade de Santo António, que foi reconhecido pelos concidadãos como “Santo Subito” (Santo Já), que “não foi só pelo que viram realizar, por escutarem o doce mel das suas palavras”, mas “porque se pressentiu que em António vivia outro, o divino Espírito Santo”.

A Igreja Católica celebra anualmente, a 13 de junho, a festa litúrgica de Santo António, padroeiro da cidade de Lisboa, onde nasceu em 1195, numa casa situada a poucos metros da Catedral.

O patriarca de Lisboa, que está a presidir pela primeira vez à festa litúrgica do santo português, evocou o quanto a figura de Santo António “é atual e necessária”, destacando o “profeta da esperança, peregrino do amor para transformar o coração de todos”.

“Nós, como Santo António, iremos transformar o mundo, iremos transformar os campos de guerra, os campos de batalha em jardins floridos”, realçou.

D. Rui Valério salientou que era responsabilidade dos presentes, na celebração e quem acompanhou a Eucaristia pela transmissão online, a provocarem nos outros, “na família, no lugar de emprego, na escola, com conhecidos e desconhecidos”, “a bondade que uma alma” transporta em si, “o doce sentimento”, como Santo António.

“Só quando na vida estamos em caminho para Deus é que encontramos os irmãos, só quando na vida pronunciamos palavras de Deus somos capazes de proclamar e pronunciar palavras de verdadeiramente dignidade do ser humano”, realçou.

O bispo de Lisboa destacou que Santo António “o que recebe não é para si mas é para dar”, desde a comida – “um naco de pão, uma malga de sopa, um pedaço de carne” -, que “imediatamente” encaminhava para os pobres, oferecia aos mais necessitados e ia ao encontro dos famintos, à “súplica, uma prece, um pedido”, que “imediatamente a oferecia e apresentava a Jesus Cristo”.

No início da Eucaristia, D. Rui Valério assinalou que estavam reunidos na igreja de Santo António à Sé “movidos pela admiração mas sobretudo por um grande amor de ternura a Santo António”, que tem uma mensagem que continua a “penetrar com aquela frescura de uma primeira vez”.

“Os seus gestos, a sua atitude emociona-nos e sobretudo a sua disponibilidade ao Espírito, ao sopro de Deus, para que no mundo ele fosse o santo, o profeta que foi e que hoje nos continua a dirigir uma mensagem de esperança, de amor”, observou o patriarca de Lisboa.

D. Rui Valério está a presidir às principais celebrações litúrgicas das Festas de Santo António na capital portuguesa, às 17h00, a procissão pelas ruas de Alfama.

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