14 jul, 2024 - 18:06 • Henrique Cunha
Numa mensagem dirigida em particular aos novos presbiteros, D. Manuel Linda mostrou-se também esperançoso em relação ao futuro sublinhando que "é muito promissora a caminhada sinodal dos jovens na nossa diocese".
O bispo do Porto pede “aos diocesanos que tratem bem os sacerdotes que servem esta Diocese do Porto”, e apresenta-os “ao povo de Deus como referências seguras”. Na homília da Missa de ordenação de quatro novos sacerdotes, D. Manuel Linda solicitou também a que os diocesanos se coloquem ao “lado deles” e que os ajudem “com colaboração e estima”. “Eles também têm sensibilidade!”, recordou.
Para o bispo do Porto “vivemos num tempo de imensas possibilidades espirituais e humanas”, mas onde é preciso ter cuidado com “nevoeiros, fantasmas e apreensões motivados pelo materialismo de vida e de cultura”.
“A nossa missão consiste em reduzir estes últimos pelo alargamento dos primeiros”, lembrou. Ainda assim, D. Manuel Linda afirma que “o futuro se apresenta com esperança”, até porque “é muito promissora a caminhada sinodal dos jovens na nossa diocese; as instituições diocesanas fazem o seu melhor, as paróquias mantém-se vivas e acolhedoras, o serviço da caridade como que nos identifica; na sociedade civil, os valores humanísticos proclamados pela democracia –de cuja implantação celebramos o cinquentenário- embora sempre confrontados com novos desafios, continuam bem presentes”. “Enfim, mesmo que a noite seja escura, pequenas lâmpadas rasgam as trevas e aquecem o coração”, sublinhou.
Dirigindo-se aos sacerdotes hoje ordenados, o bispo acentuou que “ser padre é constituir família com os outros padres. E é regressar continuamente a ela, contentes e felizes, como aconteceu com os Apóstolos no final desta primeira tarefa missionária”.
Lembrando que “são múltiplos os desafios colocados”, o prelado alertou para a necessidade de os sacerdotes não venderem a “alma aos critérios mundanos e violentos”. E terminou a sua mensagem de esperança enviando os novos sacerdotes “para o imenso trabalho que há a fazer na nossa Diocese”.
Os quatro novos presbíteros foram formados no Seminário Maior do Porto e no Seminário Redemptoris Mater.
David João Silva Azevedo, de Moreira da Maia, diz que “ser padre hoje exige também uma atenção contínua e renovada àqueles que serve, à sua vida real e às situações concretas”.
Pedro Joaquim Gonçalves Teixeira, de Agilde, Celorico de Basto , entende que “ser padre neste tempo difícil é entrega ao ministério, levar aos outros a mensagem de Jesus que vai para além de belas palavras, mas muito pelos nossos gestos e Ser padre é ser sinal de serenidade na vida daqueles que passam por tempestades”.
Para David Samuel Brás de Castro Laranjeira, de Vale de Figueira, Almada ser padre hoje “é saber ser um irmão entre irmãos e saber presidir quando é preciso presidir. É ser alguém que está disponível”.
E Adrián Javier Arteaga Paucar, de Cuenca, Equador afirma que “ser presbítero hoje é estar disposto a ir a todos os cantos do mundo para anunciar o amor de Jesus Cristo. Ir ao onde Deus quiser e ser parte desta Igreja em saída que muito nos fala o Papa Francisco, uma Igreja missionária por natureza que está chamada a ser luz, sal e fermento para um mundo que aos poucos se vai secularizando onde não são visíveis os sinais da fé, o Amor e a Unidade.