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Peregrinação de agosto em Fátima

D. Virgílio Antunes: “Para Deus não há estrangeiros”

12 ago, 2024 - 23:21 • Ana Catarina André

Na vigília deste 12 de agosto em Fátima, o bispo de Coimbra disse que a guerra, as perseguições e a discriminação atuais fazem “desejar uma humanidade nova”. Diante de cerca de 45 mil fiéis, o vice-presidente da CEP sublinhou, ainda, que “hoje falamos de dignidade de todos, sabendo que é ainda um sonho por concretizar”.

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O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, lembra que “sobressai na atualidade a experiência dramática dos refugiados e exilados” e considera que “hoje temos uma responsabilidade acrescida por conhecermos a experiência do passado e por estarmos no topo, pelo menos do ponto de vista cronológico, do nosso percurso civilizacional, embora tenhamos de reconhecer que em alguns aspetos houve, continua a haver, muitos retrocessos”.

Na vigília da Peregrinação Aniversária de agosto, que integra a Peregrinação Nacional dos Migrantes, o também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou ainda que a “guerra, as perseguições, a discriminação de pessoas e de povos”, e “os atentados contra a vida e contra a integridade dos irmãos” fazem “desejar uma humanidade nova” e “suplicar à Virgem de Fátima que não permita que se adense mais a noite escura da humanidade”.

Referindo a Bíblia, D. Virgílio Antunes sublinhou que “para Deus não há estrangeiros”. “Há somente homens e mulheres que caminham sobre esta terra, uns beneficiados pelas possibilidades de uma vida pacífica e com condições normais para a sua peregrinação, e outros que fogem do passado e almejam um presente e um futuro mais felizes”, referiu, frisando que "para Deus há filhos".

Peregrinação internacional de agosto em Fátima. Fotos: Santuário de Fátima
Peregrinação internacional de agosto em Fátima. Fotos: Santuário de Fátima

Nesta peregrinação, que faz memória da quarta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, o bispo, que já foi reitor do Santuário de Fátima, sublinhou que “hoje falamos de dignidade de todos, sabendo que é ainda um sonho por concretizar” e mencionou a fome, as perseguições, as injustiças, as políticas totalitárias e as condições de vida "absolutamente" desumanas como causas da atual situação dos refugiados e exilados.

Na homilia da celebração da palavra, onde, segundo o Santuário, estiveram 45 mil fiéis, D. Virgílio Antunes disse, ainda, que a vigília de Fátima “concentra as memórias pessoais e, por nosso intermédio, as memórias de toda a humanidade”. “Acreditamos que foi por tudo isso que a Virgem Maria, Mãe de todos os povos, aqui apareceu mais brilhante que o sol e aqui deixou ao mundo uma réstia de claridade, promissora de esperança.”

De acordo com o Santuário de Fátima, estiveram presentes no recinto, pelo menos, 23 grupos de peregrinos, dos quais 21 eram estrangeiros. Senegal, Sri Lanka, Costa do Marfim e Filipinas foram alguns dos países representados.

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