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Angelus. Papa renova apelo pela paz no Médio Oriente

18 ago, 2024 - 12:24 • Fábio Monteiro , Aura Miguel

Franciso pediu esforços de diálogo e negociação, sem violência.

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Este domingo, no Vaticano, o Papa Francisco renovou os apelos à paz no Médio Oriente, e também na Ucrânia e Myanmar. Pediu esforços de diálogo e negociação, sem violência.

“Continuamos a rezar para que estradas de paz se possam abrir no Médio Oriente - Palestina e Israel - bem como na martirizada Ucrânia, no Myanmar e em todas as zonas de guerra, com o empenho do diálogo e da negociação e abstendo-se de ações e reações violentas”, disse.

No final da recitação do Angelus, o Papa referiu-se ainda à beatificação de quatro sacerdotes, em Uvira, na República Democrática do Congo, mortos por ódio à fé.

“O seu martírio foi a coroação de uma vida gasta pelo Senhor e pelos irmãos. Que o seu exemplo e a sua intercessão possam favorecer percursos de reconciliação e de paz para o bem do povo congolês”, disse.


Vittorio Faccin, Luigi Carrara, Giovanni Didonè, religiosos da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras, e o padre Albert Joubert, foram assassinados no contexto das lutas pelo poder e guerras tribais que caracterizaram aquela zona após a independência.

Os quatro mártires foram vítimas do contexto ateísta e antirreligioso que caracterizou a República Democrática do Congo no início da década de 1960.

Tendo conquistado a independência após 60 anos de domínio belga, o país tornou-se palco de graves tensões políticas e guerras tribais.

Conscientes dos sérios riscos de vida que corriam, os quatro missionários decidiram permanecer nos seus postos, para não abandonar os fiéis e as missões que tinham a seu cargo. Foram assassinados por militares, todos no mesmo dia 28 de novembro de 1964, em Baraka.

Essa é a segunda beatificação na República Democrática do Congo. A primeira beatificação ocorreu em 1985, também pelos mesmos motivos. Trata-se da Irmã Anuarite Nengapeta Maria Clementina, também assassinada por ódio à fé, a 1 de dezembro de 1964, apenas três dias após a morte dos religiosos xaverianos e do padre Joubert.

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