05 set, 2024 - 17:31 • Pedro Mesquita
A pé, de mota e de carro, muitos milhares de timorenses, de todos os distritos, já se fazem à estrada rumo a Díli.
Todos querem ver e ouvir o Papa, que chega na próxima segunda-feira a Timor-Leste.
Calcula-se que se concentrem na capital entre 500 a 700 mil pessoas para receber Francisco.
Na paróquia de Aileu – terra de café – fazem-se os últimos preparativos.
Em Taci Tolo, o Papa vai unir-se em oração a cente(...)
Ao lado de uma nova igreja em construção, o dia é reservado às últimas inscrições e à distribuição de t-shirts brancas com o rosto de Francisco, e o mapa de Timor.
E vão muitas, muitas pessoas, explica o padre João Felisberto.
"Nós vamos todos. Contamos 13 mil pessoas da paróquia de Aileu, conseguimos 78 carros públicos".
97% dos timorenses são católicos, mas a fé não se mede em números, realça o pároco. "A quantia não deve ser razão para a nossa alegria. Com a vinda de Sua Santidade aumentamos também os aprofundamentos da nossa fé católica".
A Renascença visitou a pequena aldeia de Ainaro, e(...)
O Padre Felisberto acredita que a visita do Papa deixará raízes neste país, que é livre apenas há 25 anos. Ele espera que a presença de Francisco – na unidade - ajude a aprofundar a fé dos homens, e a libertar a pátria dos egoísmos que persistem.
"Os líderes… Cada um afirma aquilo que fez, mas não querem ver aquilo que o nosso povo quer. Os líderes costumam a dizer: “Libertar a pátria.” Como é que os líderes podem libertar o povo, se eles também não conseguem libertar-se dos egoísmos de cada um?", questiona.
Quem fala também deve ouvir, e o senhor Costa - de quase 70 anos - ainda recorda a visita de João Paulo II, há 35 anos, durante a ocupação. "Depois da vinda do senhor [Papa], nós aparecemos mais unidos e a ouvir-nos uns aos outros. Quem fala, ouve".
A união é força deste povo, que sabe resistir.