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Papa acompanha "com dor e muita preocupação" situação no Líbano

29 set, 2024 - 11:24 • Aura Miguel , Daniela Espírito Santo

"Muitas, demasiadas pessoas continuam a morrer dia após dia no Médio Oriente", diz Francisco, na sua despedida da Bélgica, onde aproveitou para anunciar o início do processo de beatificação do Rei Balduíno.

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No adeus à Bélgica, o Papa Francisco não esqueceu a tensão que se vive atualmente no Médio Oriente. Nas suas últimas palavras no Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, antes de regressar a Roma, confirmou que continua a seguir, "com dor e muita preocupação", o "alargamento e intensificação do conflito no Líbano".

"O Líbano é, no seu todo, uma mensagem. Mas, neste momento, é uma mensagem martirizada", lamenta, salientando os "efeitos devastadores" da guerra na população.

"Muitas, demasiadas pessoas continuam a morrer dia após dia no Médio Oriente", diz e pede para que "rezemos pelas vítimas, pelas suas famílias, rezemos pela paz". "Peço a todas as partes que cessem imediatamente o fogo no Líbano como, de resto, em Gaza e na Palestina e Israel", reiterou.

"Que os reféns sejam libertados e que se permita a ajuda humanitária", acrescenta, pedindo, igualmente, que o mundo não esqueça "a martirizada Ucrânia".

Numa mensagem de esperança, também aproveitou a ocasião para deixar uma notícia aos belgas. "Quando chegar a Roma desencadearei o processo de beatificação do Rei Balduíno", anunciou.

"Que o seu exemplo de homem de fé ilumine os governantes. Peço aos bispos belgas que se empenhem por avançar com esta causa", diz.

O Rei Balduíno, recorde-se, renunciou às suas funções como chefe de Estado da Bélgica entre 4 e 5 de março de 1990, abdicando durante dois dias para não assinar a lei da despenalização do aborto na Bélgica. O Santo Padre visitou, este sábado, os túmulos da Casa Real belga na Basílica do Sagrado Coração de Koekelberg para deixar elogios.

Um breve comunicado do Vaticano refere que Francisco foi recebido pelos atuais monarcas, o Rei Filipe e a Rainha Matilde, e se deteve diante do túmulo do Rei Balduíno em oração silenciosa. “Posteriormente, perante o Rei (sobrinho de Balduíno) e os presentes, o Papa elogiou a sua coragem ao optar por deixar o cargo de Rei para não assinar uma lei homicida”.

A nota acrescenta ainda que Francisco exortou os belgas a olharem para o Rei Balduíno, “neste momento em que se preparam e consolidam por todo o lado leis criminosas” e desejou que possa avançar a sua causa de beatificação.

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