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OE2015

É "crucial aprovar o Orçamento do Estado", defende patriarca de Lisboa

03 out, 2024 - 17:17 • Redação

É preciso pensar nas pessoas e os partidos devem fazer as cedências necessárias para se aprovar o OE, diz D. Rui Valério.

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Patriarca diz que é crucial aprovar OE
Ouça aqui as declarações do patriarca


Aprovar o Orçamento do Estado "é crucial". Quem o diz é o Patriarca de Lisboa que, em declarações à Renascença, sublinha que a prioridade, quando se discute o OE2025, devem ser os portugueses.

Para D. Rui Valério, as decisões tomadas pelo Governo e pelos líderes partidários devem ser tomadas a pensar nas pessoas. O patriarca de Lisboa falava à margem de um almoço da Associação Cristã de Empresários e Gestores.

Além disso, D. Rui Valério sublinha que, a bem do país e dos portugueses, devem ser feitas "cedências", caso sejam necessários, para que os partidos políticos e o governo cheguem a um acordo.

A aprovação do Orçamento do Estado não está garantida, uma vez que o Governo não tem maioria parlamentar. O clima de tensão entre PSD e PS tem aumentado nos últimos dias e os socialistas não garantem a viabilização do OE. O PS contesta em especial as medidas de IRS Jovem e da descida de IRS.

Esta quinta-feira, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos voltam a reunir-se, tendo o primeiro-ministro prometido apresentar uma contraproposta "irrecusável" ao líder do PS.

Rezar pela paz

No almoço com os empresários e gestores cristãos, o patriarca de Lisboa falou da necessidade de manter viva a esperança, para ultrapassar dificuldades. À Renascença, à saída do almoço, insistiu na importância da solidariedade.

"É necessário continuar nesta senda e neste caminho solidário para acudir, e para que, com o nosso gesto de partilha e dádiva, a consciência humanitária do mundo inteiro compreenda que, afinal de contas, a Terra ainda é vivida e povoada por mulheres e homens de boa vontade".

Sobre a escalada da violência no Médio Oriente, D. Rui Valério lamentou a entrada do Irão na guerra, e manifestou a "solidariedade de Lisboa" para com "aquelas e aqueles que estão a sofrer com este hediondo conflito".

“Não olho aqui a campos, a qual dos lados. Estou estou a falar da guerra, portanto, a primeira palavra é uma palavra de solidariedade para quem sofre esmagado pela violência", afirmou.

O patriarca citou, ainda, o Papa Francisco, quando diz que "toda e qualquer guerra é uma perda da humanidade", porque "são vidas humanas, sonhos, projetos que se desvanecem e desfazem. Mas, é também uma perda de valores, de luz, de faróis que guiavam e conduziam as nossas vidas".

E renovou o apelo a que todos se unam ao dia de oração e jejum pela paz, que o Papa convocou para o próximo domingo.

“O recurso fundamental que eu, como crente, sinto possuir é, primeiro um grande e intenso espírito de oração. O Papa Francisco interpelou-nos no sentido de incentivarmos e de rezarmos pela paz no Médio Oriente, e ao mesmo tempo também nos sugeriu esta iniciativa do jejum, que nós iremos praticar", adiantou


O patriarca renovou também o convite aos jovens, para se “aproximarem sempre e cada vez mais de Cristo”, e viverem a fé “mais em comunidade”.

"A esperança tem um rosto e tem um nome, que é Jesus Cristo para nós. É uma força, é um desafio, é um caminho que percorremos em conjunto. Só assim é que o futuro deixa de ser uma ameaça, como parece que está a ser, para os nossos jovens”, disse ainda à Renascença





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