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Sínodo dos Bispos

Arcebispo de Nampula diz que “infelizmente as populações de Cabo Delgado foram abandonadas à sua própria sorte”

09 out, 2024 - 15:44 • Henrique Cunha

Os ataques terroristas em Cabo Delgado foram lembrados esta quarta-feira, no Sínodos dos Bispos que decorre no Vaticano até 27 de Outubro. Arcebispo de Nampula garante que "o sofrimento continua bem presente" e sublinha importância do Sínodo estar informado sobre os ataques terroristas iniciados há sete anos.

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Arcebispo de Nampula diz que “infelizmente as populações foram abandonadas à sua própria sorte”. Durante a conferência diária dedicada aos trabalhos da segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, o Arcebispo de Nampula garantiu que “o sofrimento em Cabo Delgado continua bem presente”.

D. Inácio Saure sublinhou o facto de muitos deslocados já não serem tratados com a emergência que os casos requerem. “Num primeiro momento, houve muitas intervenções, organizações humanitárias para ajudar, mas, infelizmente, hoje, praticamente estas populações foram abandonadas à sua própria sorte, porque já são vistas como pessoas que chegaram a outras aldeias e estão ali instaladas, não mais como emergência”, garantiu.

O Arcebispo de Nampula referiu que o Sínodo pode ajudar a conhecer a realidade para que o apoio necessário continue e chegar às vitimas de uma guerra que já “provocou 5 mil mortos e cerca de um milhão de deslocados internos, dentro da província de Cabo Delgado e outros nas províncias vizinhas”. D. Inácio entende que o Sínodo, que conta com representantes da Igreja de todos os continentes, “tem a possibilidade de promover o conhecimento da realidade”.

O Arcebispo de Nampula explica que em parte “a perda de interesse pela região” pode justificar-se com o facto de após uma série de “ataques a vilas de grande importância”, a guerra estar agora “aparentemente parada”.

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