23 out, 2024 - 09:18 • Henrique Cunha
O Papa Francisco disse ter recebido na manhã desta quarta-feira dados atualizados de mortos na Ucrânia, tendo aludido a “uma realidade terrível”.
No final da audiência geral, Francisco voltou a pedir a oração de todos pela paz no mundo. "Irmãos e irmãs, rezemos pela paz. Hoje, de manhã cedo, recebi as estatísticas dos mortos na Ucrânia. É terrível. A guerra não perdoa. A guerra é uma derrota desde o início. Rezemos ao Senhor pela paz, para que Ele dê a paz a todos, a todos nós".
O Papa pediu para que não se esqueçam os conflitos em Myanmar, em Israel e na “Palestina, que está a sofrer ataques desumanos”.
“Não esqueçamos todas as nações que estão em guerra”, enfatizou.
O Papa voltou a lamentar que se possa “ganhar com a morte”, lembrando que “o investimento mais rentável é o das fábricas de armas".
"Há um dado, irmãos e irmãs, que nos deve incomodar: o investimento mais rentável, atualmente, é o das fábricas de armas. Ganhar com a morte. Rezemos pela paz, todos juntos”, rematou.
Na catequese desta quarta-feira, o Papa retomou o ciclo dedicado ao Espírito Santo e quis refletir em particular “sobre o que o Espírito Santo tem a dizer à família e deixou a pergunta "O que poderá o Espírito Santo ter a ver com o matrimónio?", para responder de imediato: “Muito, talvez o essencial."
"O matrimônio cristão é o sacramento do homem e da mulher que se fazem dom um para o outro. O casal humano é, por isso, a primeira e mais elementar realização da comunhão de amor que é a Trindade", sublinhou o Papa, ao mesmo tempo que realçava a ideia de que "os cônjuges deveriam também formar a primeira pessoa do plural, um "nós".
Francisco sublinhou o quão é importante no seio familiar a atenção aos filhos, lembrando o “quanto é que as crianças precisam desta unidade parental e quanto sofrem quando esta falha”.
De acordo com o Papa, "para corresponder a esta vocação, porém, o matrimônio necessita do apoio d’Aquele que é o Dom, ou melhor, da doação de si por excelência. Onde entra o Espírito Santo, renasce a capacidade de doar-se".
"As consequências dos casamentos construídos na areia estão, infelizmente, à vista de todos e são sobretudo os filhos que pagam o preço. Os filhos sofrem com a separação ou falta de amor dos pais", sublinhou.