30 out, 2024 - 09:45 • Aura Miguel
Impressionado com o aumento das guerra e violência no mundo, o Papa lançou um novo apelo à paz. “A guerra cresce”, lamentou esta quarta-feira, no final da audiência geral.
“Pensemos nos países que sofrem tanto: a martirizada Ucrânia, a Palestina, Israel, Myanmar, Norte kivu e muitos países que estão em guerra. Rezemos pela paz”, pediu.
“Eu vi ontem que foram metralhadas 150 pessoas inocentes. O que é que uma guerra tem a ver com as crianças? As famílias são as primeiras vítimas. Rezemos pela paz”, disse Francisco.
O portal de notícias do Vaticano refere, ao divulgar as declarações de Francisco, que “só em Gaza, por exemplo, teve lugar ontem um dos dias mais sangrentos desde o início da guerra”, com ataques do exército israelita contra casas na zona de Manara, e o hospital Kamal Adwan em Beit Lahia (a norte de Gaza), “onde 150 pessoas, incluindo pacientes e pessoal médico, ficaram presas no pátio central”.
Também, o Burkina Fasso, na localidade de Manni, situada na região leste do país, foi palco de um brutal ataque terrorista que se prolongou por três dias e em que mais de 150 pessoas foram assassinadas.
O Papa reafirmou ainda que “a paz é um dom do Espírito e a guerra sempre uma derrota. Na guerra ninguém ganha, todos perdem”, sublinhou.
Na catequese desta quarta-feira, o Santo Padre continuou a refletir sobre a presença e a ação do Espírito na vida da Igreja através dos Sacramentos, desta vez sobre o Crisma, o sacramento do crescimento e do testemunho, ligado à maturidade cristã.
Com o seu habitual sentido de humor, Francisco lembrou que o problema é como fazer com que o Sacramento do Crisma não se reduza, na prática, a uma “extrema unção”, ou seja, ao “sacramento do adeus”, da “saída” da Igreja. Pelo contrário, o crisma deve ser “o sacramento do início da participação ativa na sua vida”, acrescentou. “É um objetivo que nos pode parecer impossível dada a situação atual em toda a Igreja, mas isso não significa que devamos deixar de o perseguir”.
Por fim, o Papa considerou que reforçar este caminho “é um belo objetivo para o ano jubilar”, que consiste em “retirar as cinzas do hábito e da falta de compromisso, para nos tornarmos como portadores da tocha nas Olimpíadas, portadores da chama do Espírito”, concluiu.