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Papa sobre a guerra na Ucrânia: “Uma desgraça vergonhosa para a humanidade”

20 nov, 2024 - 10:19 • Aura Miguel

No final da audiência geral, Francisco anunciou que, a 3 de fevereiro do próximo ano, realizar-se-á no Vaticano, o Encontro Mundial dos Direitos das crianças, com o título “Amemo-las e protejamo-las”.

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O Papa referiu-se aos mil dias da invasão da Ucrânia, que ontem ocorreram, considerando-os "um acontecimento trágico para as vítimas e para a destruição que causou mas, ao mesmo tempo, uma desgraça vergonhosa para a humanidade inteira”.

Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Francisco disse que a actual situação, no entanto, “não nos deve dissuadir de permanecer ao lado do martirizado povo ucraniano, nem de implorar a paz e agir para que as armas dêem lugar ao diálogo e o confronto ao encontro”.

O Papa leu também uma carta enviada por um jovem ucraniano, testemunhando que, no meio dos horrores da guerra, e apesar da dor e sofrimentos diários, a fé e o amor prevalecem entre o povo. "A dor não é só um caminho para a raiva e para o desespero; se for alicerçado na fé, é mestre de amor", leu o Papa, citando aquele jovem.

No final da audiência geral, Francisco anunciou que, a 3 de fevereiro do próximo ano, realizar-se-á no Vaticano, o Encontro Mundial dos Direitos das crianças, com o título “Amemo-las e protejamo-las”. O objectivo será “encontrar novas vias para socorrer e proteger melhor as crianças ainda sem direitos, que vivem em condições precárias, que são exploradas e abusadas e sofrem as consequências dramáticas das guerras”

O Santo Padre anunciou também que, em 2025, canonizará Carlo Acutis no jubileu dos adolescentes (25-27 de abril) e Pier Giorgio Frassati no jubileu dos jovens (28 julho-3 agosto)

A catequese desta quarta-feira foi dedicada aos carismas na Igreja, “um dom concedido a alguns – não a todos – para a utilidade comum e destinado a servir toda a comunidade”. Francisco afirmou que a re-descoberta dos carismas ajuda a compreender o papel dos leigos, e em particular da mulher, na Igreja, “não com uma visão sociológica, mas na sua dimensão bíblica e espiritual”. Porque os leigos “não são ‘colaboradores externos’ ou ‘auxiliares’ do clero, mas possuem carismas próprios que contribuem com a missão da Igreja”, concluiu.

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