29 nov, 2024 - 09:08 • Olímpia Mairos
O bispo de Viseu defende que é preciso “valorizar mais o Advento como Escola de alegria, e de esperança na preparação espiritual do Natal de Jesus”, realizando projetos e iniciativas capazes de dar sentido à vida, “através de gestos de partilha, fraternidade e solidariedade”.
Na sua mensagem para este tempo litúrgico, D. António Luciano recorda que “a espiritualidade do Advento é dinâmica e marcada pelo júbilo de Deus, que vem em cada dia, para se encontrar com o seu povo”.
“A partir da palavra de Deus e das celebrações próprias do Advento, encontramos em Isaías, João Batista, em José e em Maria de Nazaré os protagonistas da esperança, ‘que não engana’”, escreve.
O prelado apresenta, depois, o conjunto de verbos que devem ser conjugados neste tempo: “vigiar, esperar, orar, acolher, nascer, viver, partilhar, testemunhar e transformar o coração e a vida, de modo a descobrirmos o sentido positivo da nossa existência”.
“É preciso vigiar e esperar na fé o Deus que vai chegar em cada dia à nossa vida para nascer em nós e nos transformar n’Ele”, esclarece.
D. António Luciano apela aos seus diocesanos para que vivam “este projeto em comunhão, participando na realização da dinâmica de Advento apresentada pela Diocese”, procurando construir em cada dia da vida “o verdadeiro presépio de Jesus, Maria e José”.
Segundo o bispo de Viseu, o Advento é também “um tempo forte da liturgia propício para encher da ternura de Deus o nosso coração, dinamizar as nossa vidas, decorar as nossas casas, encher de criatividade as nossas comunidades e fazer delas um lugar de encontro com Jesus e com os irmãos”.
“Os verdadeiros protagonistas da esperança percorrem o Advento como peregrinos à semelhança de Maria, realizando um caminho de conversão espiritual, que nos conduz ao verdadeiro Natal de Jesus, animados e revestidos de atitudes de amor”, indica.
Por fim, o bispo de Viseu propõe a todos os cristãos um caminho de oração pela paz na terra de Jesus e convida os párocos a organizar nas suas comunidades um peditório no terceiro domingo do Advento, como gesto de partilha e de solidariedade, destinado a ajudar os cristãos da Terra Santa.
“Se em alguma comunidade não for possível neste domingo, peço aos sacerdotes, que o façam durante este tempo de Advento ou de Natal, mais conveniente. Sejamos generosos com aqueles que nada têm”, pede.