Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

D. Rui Valério. O mundo exausto da guerra precisa de quem o conduza

01 dez, 2024 - 18:33 • Sandra Afonso , Olímpia Mairos

O patriarca de Lisboa presidiu, este domingo, à ordenação de 14 novos diáconos.

A+ / A-

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, presidiu, este domingo, na Igreja de São Vicente de Fora, à ordenação de 14 novos diáconos.

Na homília da eucaristia, D. Rui Valério abordou o novo ano litúrgico, que hoje se inicia, definindo-o como um ano de justiça e de direito.

Segundo o patriarca de Lisboa, este é muito mais que um tempo de esperança, marca a chegada ao porto.

“O novo ano litúrgico que inicia hoje, inaugura-se na senda da esperança (…) com uma projetação que nos remete não para um novo tempo ou um novo espaço, mas, sim, para uma nova qualidade da existência”, declarou.

“Não é um onde, nem um quando, mas a vida, o ser humano, a comunidade a desfrutar da sua plena realização. Compor-se-á da realização da promessa da fecundidade do criado, do exercício da justiça, do imperar do direito. Sim, irmãos, a esperança inaugurada por Jesus, já não é apenas uma espera, ainda que empenhada, mas uma pertença, um porto que nos acolhe, nos inspira, nos enriquece.”, acrescentou.

E para D. Rui Valério, o mundo está cansado e, por isso, precisa de quem o conduza.

“O mundo anda cansado de superficialidade, está exausto da guerra; a libertação é como a água que escorre pelos campos do mundo, necessita apenas de ser conduzida aos corações e aos lugares onde vigora ainda a opressão”, disse.

Aos 14 novos diáconos, o patriarca lembrou ainda que é preciso muito mais do que palavras, assinalando que o mundo precisa de gestos.

“Uma interpelação à urgência permanente da evangelização. Produzimos palavras, quando deveríamos estar a produzir dinâmicas de santidade, caminhos que levam Cristo aos homens, trazem os homens a Cristo para mergulharem na salvação”, apontou.

Ao se colocarem ao serviço de Deus, os novos diáconos reforçam a generosidade de Deus, disse D. Rui Valério, explicando que, “como diáconos” serão “esses canais irrigados de amor infinito e gratuito”.

“Através de vós, será irrigado o coração da humanidade. Que do céu chova a abundante chuva do amor para regar a terra e fertilizar os corações sedentos”, assinalou o prelado.

“Com a vossa dádiva, com a vossa disponibilidade, com a vossa abnegação, tocais o coração de Deus. E quando Deus se deixa tocar no coração, torna-se, ainda mais, o que sempre é, um Deus sem-medidas, um ‘mãos-largas’, rendido à pobreza da humanidade, que derrama o seu amor em abundância pelos corações do mundo, fazendo-o chegar, a todos e a cada um dos seus filhos, por meio de quem Ele escolhe”, prosseguiu.

Por fim, D. Rui Valério desafiou os novos diáconos a abraçarem “a radicalidade” do que hoje o Senhor lhes “dá com abundância”.

“Só o coração grande, generoso e disponível pode viver o que o Senhor vos oferece. Caminhai sempre na presença do Senhor. Ele vos ajudará todos os dias da vossa vida e consumará o bem que em vós começou”, concluiu.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+