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Advento-Natal

D. João Lavrador alerta para “Natal desvirtuado”

11 dez, 2024 - 10:11 • Olímpia Mairos

O bispo de Viana do Castelo insta os cristãos a não terem medo e a serem “hoje, os protagonistas de uma nova humanidade que nasce do encontro com Jesus Cristo”, e a não temerem “as forças opositoras e destruidoras da dignidade humana e do bem comum”.

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O bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, alerta para o “Natal desvirtuado”, não só ideologicamente, mas sobretudo através do consumismo.

Na sua mensagem para este tempo, o prelado defende que cabe aos cristãos proclamarem “pela palavra, com os gestos e atitudes a Boa Nova do Nascimento de Jesus Cristo”.

“Sim, precisamente hoje, no contexto da nosso mundo, no meio de tantas tragédias, desavenças, guerras e ódios; na persistência de tantas forças que querem retirar o mundo da sua relação com Deus, destruindo o planeta e apropriando-se da obra criada como fossem seus donos; perante a intolerância gerada pelas ideologias que produzem na pessoa o sentido de autossuficiência e o desprezo pelos demais; numa sociedade da opulência que gera tanta marginalidade e pobreza; impõe-se proclamar a Boa Nova da presença de Jesus de Nazaré presente no hoje da nossa história e que convida a todos a encontrarem-se com Ele no presépio”, escreve.

D. João Lavrador insta os cristãos a não terem medo e a serem “hoje, os protagonistas de uma nova humanidade que nasce do encontro com Jesus Cristo”, não temendo “as forças opositoras e destruidoras da dignidade humana e do bem comum”.

“Não ter medo de proclamar e viver a fraternidade alicerçada em Deus – Pai e partilhada por Graça com Filho de Deus que na Sua misericórdia nos convida a ser filhos n’Ele, o verdadeiro Filho”, explica.

Para o responsável da Diocese de Viana do Castelo, celebrar o Natal é “despertarmos para a missão evangelizadora”, indicando que “todos os que se deslocaram ao encontro de Jesus Menino e, uma vez, deslumbrados pela Sua Luz, saem glorificando a Deus pelas Suas maravilhas e testemunhando o que viram e o que lhes foi comunicado”.

“Esta mesma experiência é vivida na comunidade cristã que, através da Palavra, da vivência dos sacramentos, pela oração e partilha fraterna, auscultando os clamores dos marginalizados e reconhecendo que urge libertar a humanidade de hoje das amarras que a oprimem, se reconhece portadora da força evangelizadora no mundo de hoje”, acrescenta.

O bispo de Viana do Castelo lembra ainda que este tempo de Advento e Natal “é igualmente oportunidade para a partilha”.

“Sentirmo-nos pobres com os pobres e acolher as necessidades dos nossos irmãos são imperativos da nossa vivência cristã”, assinala, recordando que as dioceses portuguesas estão empenhadas na recolha de fundos para a Igreja da Palestina “a braços com uma crise humanitária gerada pela guerra que grassa no médio oriente”.

“Assim, proponho que em cada comunidade cristã, nas celebrações do Natal, quando do gesto do «beijar o Menino» (feito do modo mais conveniente e higiénico), se faça o apelo para entregarem a sua dádiva que reverterá para este fim assinalado”, propõe.

Por fim, D. João Lavrador expressa “votos de santo e feliz Natal para todos os diocesanos, os que estão no nosso território e os que estão na diáspora, às famílias, às crianças, jovens e idosos, mas sobretudo aos mais pobres e marginalizados, aos que estão presos e aos doentes e a viver na solidão”.

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