Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Viagem Apostólica

​Papa elogia o serviço das confrarias e condena quem vive no "consumismo"

15 dez, 2024 - 16:24 • Aura Miguel

Francisco realizou este domingo uma visita à Córsega e reconheceu que “não faltam motivos graves de tristeza entre as nações: miséria, guerras, corrupção, violência”.

A+ / A-

“Não andeis angustiados, desiludidos, tristes”, pediu este domingo o Papa, durante a homilia da missa que celebrou em Ajaccio, a capital da Córsega. Francisco criticou os que têm a mente ocupada com pensamentos egocêntricos e perdem a alegria da alma: “em vez de vigiar com esperança, duvidam do futuro porque totalmente envolvidos em projetos mundanos”, afirmou. “Uma sociedade que vive de consumismo e não sabe partilhar, envelhece insatisfeita, porque não sabe dar: quem vive para si nunca será feliz”.

O Papa reconheceu que, infelizmente, “não faltam motivos graves de tristeza entre as nações: miséria, guerras, corrupção, violência”, mas garantiu que a Palavra de Deus é sempre encorajadora. “Perante as devastações que oprimem os povos, a Igreja proclama uma esperança certa, que não desilude, porque o Senhor vem habitar no meio de nós. Assim, o nosso compromisso em favor da paz e da justiça encontra na sua vinda uma força inesgotável”, afirmou.

Ao sublinhar que “a fé em Deus dá esperança” e que “a alegria cristã não é superficial”, o Papa valorizou o papel da piedade popular, cuja expressão e riqueza são manifestas na zona do Mediterrâneo e, sobretudo, na Córsega. “Pensemos nas confrarias, que nos podem educar para o serviço gratuito ao próximo, tanto espiritual como corporal”, disse Francisco. “Estas associações de fiéis, tão ricas de história, participam ativamente na liturgia e na oração da Igreja, que embelezam com os cânticos e as devoções do povo. Aos membros das confrarias, recomendo que, sempre e com disponibilidade, se aproximem, sobretudo das pessoas mais frágeis, tornando a fé operosa na caridade”, acrescentou.

Improvisando, o Papa pediu a todos para cuidarem dos idosos e elogiou a quantidade de crianças que encontrou, durante estas horas, ao longo do seu percurso na Córsega. “Mais crianças do que aqui, só mesmo em Timor leste”, disse, causando um forte aplauso.

No final da missa, já no aeroporto, o Papa tem ainda previsto um encontro privado de meia-hora, sem discursos, com o presidente francês Emmanuel Macron.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+