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Papa. "Calem-se as armas e ressoem cantos natalícios"

22 dez, 2024 - 12:18 • Aura Miguel

Francisco rezou o Angelus dentro da Casa Santa Marta para se proteger do frio e recuperar da gripe, mas não deixou de fazer um apelo para um cessar-fogo em todas as frentes de guerra.

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O Papa fez este domingo um apelo para um cessar-fogo em todas as frentes de guerra. Desta vez, não apareceu à janela do Palácio Apostólico e rezou o Angelus dentro da Casa Santa Marta, como explicou, para se proteger do frio e recuperar da gripe e, assim, se preparar para a intensa agenda que o espera para as celebrações do Natal e Ano Santo.

No final do Angelus, o Papa lamentou que a Ucrânia continue a ser atingida “por ataques contra as cidades que, às vezes, danificam escolas, hospitais e igrejas. Calem-se as armas e ressoem cantos natalícios!”, afirmou, com veemência.

“Rezemos para que, no Natal, possa haver um cessar-fogo em todas as frentes de guerra: Terra Santa, Ucrânia, todo o Médio Oriente e no mundo inteiro. E, com dor, penso em Gaza, em tanta crueldade, nas crianças metralhadas, nos bombardeamentos de escolas e hospitais. Quanta crueldade!”, disse Francisco

O Papa também manifestou preocupação pelo que se passa em Moçambique. “Desejo renovar àquele amado povo, a minha mensagem de esperança, de paz, de reconciliação. Rezo para que o diálogo e a procura do bem comum, sustentados pela fé e pela boa vontade, prevaleçam sobre a desconfiança e sobre a discórdia”.

Nenhuma criança é um erro

Entre os muitos fiéis reunidos esta manhã na Praça de São Pedro, marcaram presença centenas de crianças com pequenas os seus Meninos Jesus do presépio para o Papa abençoar. O próprio Francisco, que falou dentro da sua capela, tinha também o seu à sua frente.

A propósito do Evangelho de hoje, que relata a visita que a Virgem Maria fez a sua prima Isabel, ambas grávidas, o Papa dirigiu-se às mães que terão acorrido com seus filhos, esta manhã à Praça de São Pedro: “Talvez haja algumas que estejam ‘de esperanças’. Por favor, não fiquemos indiferentes à sua presença, aprendamos a nos maravilhar com sua beleza e, como fizeram Isabel e Maria, abençoemos as mães e louvemos a Deus pelo milagre da vida!”, disse.

Francisco sublinhou que “nenhuma criança é um erro” e deixou um apelo em defesa de cada criança e “do valor sagrado da vida dos pequeninos desde sua concepção no ventre materno”.

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