24 dez, 2024 - 21:10 • Henrique Cunha
Na sua mensagem de Natal, D. Rui Valério lembra que "o Natal ultrapassa barreiras e divisões e resolve diferenças culturais, raciais, religiosas e até linguísticas".
E porque "o Natal é caminho de paz", o Patriarca deixa o apela à construção de caminhos de "amor e encontro". “Natal é caminho de paz, porque aproxima todos os homens e mulheres, reunindo-os por um mesmo ideal de humanidade, que enxerga na dignidade de cada homem o alicerce dos valores da vida, da justiça, da fraternidade e da liberdade, mas também oferece um horizonte de plenitude e transcendência radicado em Deus.
Por isso deve renovar-se a súplica pela paz na Ucrânia, na Terra Santa, lugar onde Jesus nasceu, na República Centro-Africana e em tantas outras geografias onde Jesus quer instaurar o caminho da civilização do amor e do encontro”, sublinha D. Rui Valério.
O Patriarca afirma que “a luz brilha nas trevas e mostra-nos que a vida desponta em lugares improváveis”. “No tempo inaugural foi num curral e numa manjedoura, materialização de não aceitação, de repúdio. Hoje esses lugares improváveis são as ruínas da guerra, as bermas das estradas, lar de tantos pobres e de sem-abrigo”, sublinha. “O Natal permite-nos descobrir que em cada rosto, por mais sofrido que seja, há uma pessoa, sujeito da dignidade incomensurável”, acrescenta.
Na sua mensagem de Natal, D. Rui Valério cita a poetisa Sofia de Melo Breyner e adianta que “o Natal tem uma força transformadora, que é capaz de tornar lugares de ruína e de morte em lugares de vida”. “E isso continua a acontecer hoje”, reforça.
O patriarca diz que “somos constituídos peregrinos, nómadas e parceiros num caminho do Natal que é de luz, de paz, de esperança e de serviço" e lembra a "força transformadora".
E termina a sua mensagem afirmando que o “Natal é, antes de tudo, um acontecimento do qual surge um projeto: o de unir como irmãos todos os homens e mulheres; o de revelar que a verdade de cada um, o sentido da existência é Deus”. “Por isso, celebramos um hino ao amor, à fé e à esperança. Do fundo do coração, votos de Santo e Feliz Natal para todos!”, conclui o Patriarca de Lisboa.