26 dez, 2024 - 09:03 • Aura Miguel
"A primeira Porta Santa abri-a no Natal, em São Pedro, mas quis que a segunda Porta Santa fosse aberta aqui, num cárcere", disse o Papa esta manhã, na prisão de Rebibbia.
“Quis que cada um de nós, todos os que estamos aqui, dentro e fora, tivéssemos a possibilidade também de escancarar as portas do coração e perceber que a esperança não desilude”, referiu.
Francisco proferiu estas palavras do lado de fora da igreja deste estabelecimento prisional, que acolhe mais de 1.500 reclusos e reclusas. Depois de atravessar a Porta Santa, celebrou missa perante uma assembleia que juntou reclusos e reclusas, guardas prisionais, voluntários e algumas autoridades.
“Abram o coração à esperança”, pediu o Papa. “A esperança não desilude, é como uma âncora. Nunca percam a esperança, é a mensagem que vos quero deixar”.
Numa homilia improvisada, Francisco pediu a todos que escancarem a porta do coração: “Quando o coração está fechado, fica duro e sem ternura; que o vosso coração esteja sempre aberto, é isso que nos permite ser irmãos”, afirmou. “Escancarai as portas do coração. Cada um saberá como fazê-lo. Desejo-vos um grande jubileu.”
No final da missa, o Santo Padre saudou pessoalmente cada um dos presentes e recebeu, da parte dos detidos, alguns objectos de cerâmica e outros realizados com pedaços de madeira de barcos de migrantes e ainda um cesto com azeite, biscoitos e doces variados.