23 jun, 2018 - 15:20
As urnas da Assembleia Geral de destituição do Sporting, na qual os sócios do clube vão decidir o futuro do presidente do clube abriram às 14h50 e encerraram às 20h30 depois de votar Mota Soares. Afinal, ao contrário do que tinha garantido, Bruno de Carvalho está presente no Altice Arena para votar.
Até cerca das 19h00 votaram cerca de 14 mil sócios, segundo os últimos números confirmados pela mesa da assembleia-geral.
Cerca de uma centena de sócios do Sporting falou durante a Assembleia Geral do Sporting.
Entretanto, o presidente da assembleia-geral do clube, Jaime Marta Soares, anunciou que se houver eleições serão marcadas para 8 de setembro.
A PSP confirmou que Álvaro Sobrinho, principal acionista privado da SAD do clube, foi alvo de uma tentativa de agressão.
A reunião magna foi convocada com o objetivo de decidir o afastamento ou a continuidade de Bruno de Carvalho, figura central de uma crise que se agudizou com a perda do segundo lugar na I liga de futebol e a invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete.
Bruno de Carvalho, que em fevereiro viu uma larga maioria de sócios legitimar o seu mandato - aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais -- é o primeiro presidente a enfrentar a possibilidade ser afastado em quase 112 anos de história do clube.
Eleito em 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho considerou, desde o início, que a AG é ilegal, e disse, mais tarde, que não marcaria presença no plenário que decorre no Altice Arena, em Lisboa.
Em vésperas da AG, o presidente 'leonino' afirmou que se afasta do cargo se a sua destituição for votada de forma fidedigna.
A AG foi convocada por Jaime Marta Soares em 24 de maio, numa altura em que presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) já tinha dito publicamente que se demitira, embora nunca tenha formalizado o pedido.
Além da MAG, o clube ficou também sem quórum no Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), e o Conselho Diretivo (CD), liderado por Bruno de Carvalho, perdeu seis membros.
A maioria dos pedidos de demissão surgiram logo após 15 de maio, dia em que vários futebolistas do plantel e elementos da equipa técnica e do staff foram agredidos na Academia por cerca de 40 adeptos encapuzados, dos quais 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
Estes acontecimentos levaram os futebolistas Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes, Battaglia, Bas Dost, Podence, Ruben Ribeiro e Rafel Leão a rescindirem contrato alegando justa causa.
[atualizado às 21h10]