01 ago, 2019 - 13:57
O Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro decidiu esta quinta-feira levar a julgamento os 44 arguidos acusados pelo Ministério Público (MP) no processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, a 15 de maio de 2018.
A decisão instrutória, a cargo do juiz de instrução criminal (JIC) Carlos Delca, entregue na tarde de hoje aos advogados, determina que todos os arguidos no processo (44), incluindo o antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, sejam pronunciados (julgados) nos exatos termos da acusação do MP assinada pela procuradora Cândida Vilar.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia do Sporting, o MP imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, de 40 crimes de ameaça agravada, de 38 crimes de sequestro, de dois crimes de dano com violência, de um crime de detenção de arma proibida agravado e de um de introdução em lugar vedado ao público.
Bruno de Carvalho, o líder da claque Juventude Leonina (Juve Leo) Nuno Mendes, conhecido por "Mustafá", e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 de ofensa à integridade física qualificada, de 38 de sequestro, de um crime de detenção de arma proibida e de crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. "Mustafá" vai responder também por um crime de tráfico de droga.
Arguidos passam para prisão domiciliária
Todos os arguidos ainda em prisão preventiva no processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, vão passar para prisão domiciliária, exceto o líder da claque Juventude Leonina, "Mustafá", que vai continuar em prisão preventiva.
As alterações das medidas de coação constam da decisão instrutória do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, a qual leva a julgamento os 44 arguidos no processo nos exatos termos da acusação do Ministério Público (MP).
Quanto ao antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, que estava sujeito à medida de coação de apresentações diárias às autoridades, o juiz de instrução criminal (JIC) Carlos Delca determinou que o ex-dirigente passe a apresentar-se “quinzenalmente”.
A instrução, fase facultativa, foi requerida por vários arguidos, incluindo o antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, e visa decidir por um JIC se o processo segue e em que moldes para julgamento.