07 out, 2019 - 09:30 • Redação
Raphinha não tinha intenção de sair do Sporting, aquando da venda ao Rennes, este verão. Em entrevista ao jornal "A Bola", o extremo brasileiro explica que esperava que a nova época fosse de afirmação:
"Estava muito feliz no Sporting, não tinha motivos para querer sair. Na minha cabeça, tinha pela frente um ano de afirmação, buscar melhores números. Mas o que aconteceu faz parte do futebol. Foi bom para o Sporting, foi bom para mim. Também estou muito feliz no Rennes."
Afirmação que corrobora as declarações de Deco, agente do jogador, que revelara, numa conferência, no início de setembro, que a venda de Raphinha fora "uma decisão única e exclusivamente do Sporting".
Raphinha entende que "numa hora ou noutra [os jogadores acabam] por ser tratados como mercadoria". "Faz parte do futebol", assinala, embora acredite que "poderia ter feito uma época ainda melhor" no Sporting.
"Já estava mais adaptado, mas acredito que dei tudo aquilo que poderia e tinha de dar. Esforcei-me ao máximo pelo Sporting, não me arrependo de nada. Mas o futebol é assim mesmo, uma hora você está de um lado, outra hora está do outro lado", ressalva o avançado.
Sentimento de dever cumprido, apesar da "cobrança"
Raphinha "gostava de ter ganhado a Liga", no entanto, considera que a sua missão no Sporting foi cumprida: "Quando fui contratado pelo Sporting, falei que estava a chegar para ganhar títulos. Fiz de tudo para isso acontecer, assim como todos os meus companheiros. Felizmente, pude ganhar no Sporting os meus dois primeiros títulos na carreira, algo que nunca vou esquecer. Vou levar isso para sempre."
O extremo brasileiro recorda, ainda, a exigência dos adeptos, que por vezes ultrapassava a mera vontade de ver o clube triunfar.
"A massa associativa do Sporting ficou um pouco dividida, então sempre vai ter alguém a torcer contra, só para depois dizer que tinha razão. Mas isso faz parte", assegura o agora avançado dos franceses do Rennes.
O Sporting vendeu Raphinha, de 22 anos, ao Rennes por 21 milhões de euros, tendo ainda garantido 10% da mais-valia de uma futura transferência. O clube leonino teve, no entanto, de pagar 2,5 milhões de euros em comissões, pela intermediação do negócio.