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Eram 31 quadros e agora são 19. Furtos nas ruas de Lisboa são um “amor à arte”?

01 dez, 2015 - 18:18

Réplicas de obras-primas do Museu Nacional de Arte Antiga foram afixadas em várias ruas das zonas do Chiado, Bairro Alto e Príncipe Real.Exposição original foi inaugurada a 29 de Setembro.

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Doze das 31 réplicas de quadros da exposição "ComingOut", instalada em ruas de Lisboa pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), foram furtadas dos locais onde tinham sido afixadas, há dois meses.

Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação do MNAA indicou que as 19 reproduções que ainda se mantêm - em escala real, com molduras em madeira e tabelas, tal qual são expostas num museu - não foram vandalizadas.

Inaugurada a 29 de Setembro, a exposição colocou 31 réplicas de grandes obras da colecção do MNAA em várias ruas das zonas do Chiado, Bairro Alto e Príncipe Real.

Relativamente aos furtos, o museu considera que, "sem deixarem de ser actos condenáveis, parecem demonstrar um irrefreável ‘amor à arte’ ou, melhor, ‘amor à reprodução’, por parte de alguns cidadãos".

O museu sublinha que as reproduções expostas não têm qualquer valor patrimonial.

"Inferno", reprodução de uma pintura do século XVI, criada por um mestre português desconhecido, que se encontrava na rua da Rosa, no Bairro Alto, foi a primeira réplica a ser furtada, 48 horas após a inauguração da mostra.

O MNAA considera que o carácter interactivo da exposição proporciona este tipo de situações, mas espera que as pessoas acolham bem e estimem as obras expostas.

"ComingOut. E se o Museu saísse à rua?" segue o projecto desenvolvido em Londres, nos bairros de Convent Garden, Soho e Chinatown, pela National Gallery, denominado "The Grand Tour".

Com este projecto, o museu - que detém um dos mais importantes espólios de arte portuguesa - tem por objectivo divulgar o património artístico e histórico do seu acervo ao público nacional e estrangeiro.

Comentários
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  • de mal a pior
    02 dez, 2015 Santarém 23:06
    Isto deve ser amor à arte de roubar e vandalizar tão em voga neste país tão aberto à liberdade mas que esqueceu a moral e a responsabilidade, a cultura virou criminalidade.
  • TONI
    01 dez, 2015 ERMESINDE 22:35
    Eram 31 quadros e agora são 12? Ou são 19? Convent Garden?
  • Isabel
    01 dez, 2015 Lisboa 22:09
    Sempre achei que livro roubado era livro lido.
  • Luís Santos
    01 dez, 2015 Aljezur 21:57
    Quem aprecia Arte não iria apropriar-se de réplicas (colecionadores qquerem originais e à escumalha qualquer coisa serve para pendurar lá na sala), e sabendo que eram réplicas (com um cérebro de uma galinha sabe-se que nunca seriam originais), preferiria vê-las pelas ruas. A Ideia é Excelente, a camada de povo que se apropriou é que é reles. Todos os países têm a sua quota de réles, não é um exclusivo nacional. Agora considerarem que foram apropriadas por alguns como "Amor à Arte" é símilar a admitir que se assaalta um Banco para se obter "O Pão Nosso de Cada Dia". Para isso furta-se um pão e mais outros alimentos.
  • Luís Santos
    01 dez, 2015 Aljezur 21:12
    Quem aprecia Arte não iria apropriar-se de réplicas (colecionadores qquerem originais e à escumalha qualquer coisa serve para pendurar lá na sala), e sabendo que eram réplicas (com um cérebro de uma galinha sabe-se que nunca seriam originais), preferiria vê-las pelas ruas. A Ideia é Excelente, a camada de povo que se apropriou é que é reles. Todos os países têm a sua quota de réles, não é um exclusivo nacional. Agora considerarem que foram apropriadas por alguns como "Amor à Arte" é símilar a admitir que se assaalta um Banco para se obter "O Pão Nosso de Cada Dia". Para isso furta-se um pão e mais outros alimentos.
  • Antonio
    01 dez, 2015 Evora 20:46
    ... e se as reproduções tivessem um localizador GPS escondido que agora permitisse localizá-las e apanhar os gatunos???
  • luca
    01 dez, 2015 Lisboa 20:42
    Este tipo de furto só acontece numa cidade como Lisboa. Duvido que situação semelhante aconteceria em Copenhagen ou Estocolmo!Affffff que gentinha a nossa!

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