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Inédito de Agustina até ao fim do ano

19 fev, 2016 - 17:24

"Formas de pensar" será incluída na colecção "Contemplações", exclusivamente dedicada a obras da autora.

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"Formas de pensar", um livro inédito da escritora Agustina Bessa-Luís será editado antes do final do ano, anuncia a editora Babel.

A obra será incluída na colecção "Contemplações", exclusivamente dedicada a obras da autora, e na qual se inclui já o título "Kafkiana", que reúne quatro textos com reflexões de natureza literária sobre a situação do homem kafkiano face ao mundo e a ele próprio, disse à Lusa fonte da Babel.

O livro "Crónica da Manhã", de Agustina Bessa-Luís, publicado em Dezembro último, é apresentado na próxima segunda-feira, na FNAC do Chiado, em Lisboa.

As crónicas de Agustina Bessa-Luís foram emitidas de 6 de Outubro de 1978 a 23 de Fevereiro de 1979, e gravadas na RDP Norte.

Nos últimos anos têm vindo a ser publicados vários inéditos da autora d'"A Sibila", nomeadamente cinco manuscritos da década de 1960, integrados no volume "Elogio inacabado", publicado em Agosto de 2014, pela Fundação Calouste Gulbenkian.

A filha da escritora, Mónica Baldaque, afirmou em 2013 que estava a ser organizado o arquivo de Agustina Bessa-Luís, actualmente com 93 anos, tendo afirmado que havia "centenas de papelinhos escritos por si, notas que registava em facturas, em agendas, aforismos, pensamentos que, de alguma forma, iria utilizar na obra".

O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, "Mundo fechado", foi publicado em 1948. Desde então, a escritora publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças.

Várias obras suas foram adaptadas ao cinema por realizadores como Manoel de Oliveira ("Fanny Owen", "Vale Abraão") e João Botelho ("A Corte do Norte").

O romance "A Sibilia", publicado há 60 anos, valeu-lhe os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, os primeiros de uma lista de vários galardões, entre os quais o de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra "Os meninos de ouro", e que voltou a receber em 2001, com "Jóia de família".

A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com, entre outros, os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004, e o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema, em 2005.

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