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​Mascarados transmontanos descem à capital para "pôr os lisboetas a falar mirandês"

04 mai, 2016 - 12:13 • Olímpia Mairos

Festival Internacional da Máscara Ibérica no Rossio, a partir de quinta-feira. A cada edição, há mais representantes de Trás-os-Montes porque "os municípios vão-se apercebendo do potencial de atracção turística que o festival tem".

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Caretos, Chocalheiros Velhas e Velhos, Sécias e Farandulos, Pauliteiros e outros mascarados dos concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Vinhais serão “reis” em Lisboa, no âmbito de mais uma edição do Festival Internacional da Máscara Ibérica (FIMI).

O 11.ª edição festival, que terá por palco o Rossio,começa na quinta-feira e vai prolongar-se até domingo, com grupos espanhóis e da Sardenha ao lado de portugueses. Há forte presença do Nordeste Transmontano, região que tem a maior representação no cartaz, que conta ainda com grupos de Mira, Lamego e Ílhavo.

Hélder Ferreira, da organização, diz que os transmontanos prometem “invadir de alegria a baixa lisboeta e mostrar a sua irreverência aos milhares de visitantes”.

"Os municípios vão-se apercebendo do potencial de atracção turística que o FIMI tem e, de ano para ano, a presença do Nordeste Transmontano é cada vez mais forte”, nota o responsável.

Um dos municípios envolvidos, o de Miranda do Douro, leva até Lisboa diversas atracções culturais, com o objectivo de “dar a conhecer mais sobre a forte cultura mirandesa" e prometendo “encantar pela preservação das raízes tradicionais de uma cultural ancestral”.

Pôr os lisboetas a falar mirandês

No primeiro dia do festival, realiza-se um jantar no "Espelho de Água", aberto à comunidade mirandesa radicada na capital, onde se vão degustar os principais elementos da gastronomia mirandesa e falar o mirandês.

“Este festival é uma forma de captar novos públicos e pôr os lisboetas a falar mirandês. Levar a nossa peculiar cultura até Lisboa é uma forma de mostrar a sua vitalidade e atrair novos públicos”, diz o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes.

No sábado, à noite, o palco ibérico do FIMI, no Rossio, será ocupado pela banda folk de origem mirandesa “Os Trasga”, uma formação que só executa música original que assenta nas tradições do Planalto Mirandês. Outras formações musicais, como os gaiteiros de Miranda do Douro ou o Quinteto do Reis, vão animar as principais artérias circundantes.

Nos quatro dias do festival são esperados mais de 500 mil visitantes de várias nacionalidades.

O Desfile da Máscara Ibérica, marcado para sábado, vai contar com 27 grupos e 500 participantes.

Comentários
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  • Jayme Antonio Ramos
    07 mai, 2016 São Paulo Brasil 15:04
    As Marucasx e os Manulosx estarão prejentexs, cumeremos alhairasx , tchordas i fularis.
  • Zé Pauliteiro
    05 mai, 2016 Miranda do Douro 21:04
    É sem duvida muito importante falar essa lingua, conhecida no mundo inteiro. Não é tempo perdido aprender o Mirandês, sem ele não conseguimos bons empregos, o inglês vai pertencer ao passado não demora muito.

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