12 jul, 2016 - 16:58
A aplicação gratuita para "smartphones" Pokémon Go foi lançada há sete dias, mas já é um caso de sucesso. Actualmente, a "app" está disponível nos Estados Unidos da América, Nova Zelândia, Austrália e Japão, mas deverá chegar a Portugal nos próximos dias.
O jogo utiliza o sistema de localização dos "smartphones" para que os utilizadores se desloquem fisicamente com o objectivo de capturar as criaturas. O jogador visualiza no telemóvel o que está à sua volta e a aplicação coloca os Pokémons em alguns dos lugares da vida real.
Dois dias após o lançamento nos EUA, o Pokémon GO já estava instalado em 5,16% de todos os dispositivos Android. No dia anterior a aplicação já tinha mais instalações que o Tinder, aplicação que se tem revelado um sucesso e que promove encontros românticos.
O sucesso do Pokémon GO vai além do número de "downloads". Segundo dados fornecidos pelo portal “Similar Web”, mais de 60% das pessoas que descarregaram a aplicação estão a usá-la diariamente. Três em cada cem norte-americanos têm a aplicação instalada.
Estes dados colocam o Pokémon GO perto do Twitter e, provavelmente, nos próximos dias poderá ultrapassar a rede social em utilizadores activos por dia.
Os recordes da aplicação não se ficam por aqui. A 8 de Julho, a média de utilização diária do Pokémon GO cifrava-se em 43 minutos e 23 segundos. O valor é superior aos registados pelo Instagram, WhatsApp, Snapchat e Messenger do Facebook.
O portal “Similar Web” dá conta que os utilizadores por todo o mundo estão a tentar descarregar a versão pirateada do Pokémon GO. Desde o lançamento da aplicação o tráfego de visitas ao site que dá acesso à versão pirateada do jogo passou de 600 mil no dia 5 de Julho para mais de quatro milhões no dia seguinte.
A aplicação está a ter uma taxa de retenção elevada. Uma boa notícia para os fabricantes do Pokémon GO, tendo em conta que a maior parte dos utilizadores decidem nos primeiros três a sete dias se vão ou não desinstalar a aplicação, e para os accionistas da Nintendo, uma das responsáveis pela aplicação, que valorizou em bolsa 7,5 mil milhões de dólares.
A realidade aumentada que provoca acidentes e assaltos
Apesar do sucesso, a aplicação tem sido alvo de críticas, devido ao contrato de privacidade, que inclui o acesso do proprietário do jogo à conta Google, conta de e-mail, localização do jogador e ao último site visitado pelo utilizador.
A polémica estende-se aos acidentes que o jogo tem causado. A realidade aumentada sugere aos jogadores que saiam de casa para capturar as criaturas, alcançar certos objectivos e conseguir alguns itens, o que provoca desatenção aos jogadores relativamente ao que se passa em seu redor.