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Crónica

Bob Dylan. O último cowboy do Velho Oeste

13 out, 2016 - 19:45 • António Jorge, coordenador musical da Renascença

Sejamos nós mais ou menos apreciadores ou conhecedores da sua vastíssima e riquíssima obra, uma coisa é certa: as canções jamais voltarão a ser ouvidas da mesma forma.

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Bob Dylan é o primeiro norte-americano a vencer o Prémio Nobel da Literatura desde Toni Morrison, em 1993.

O jovem Robert Zimmerman, que terá ido buscar o apelido ao poeta Dylan Thomas, chegou a Nova Iorque com 19 anos de vida na mochila e a confiança inabalável de um jovem que tem uma cidade para conquistar.

Pouco tempo depois era conhecido como o puto esgrouviado que tocava e cantava nos bares e cafés do famoso bairro Greenwich Village. Dylan estava a 56 anos de distância de colocar a canção enquanto poema, onde ela nunca esteve – e provavelmente nunca sonhou estar.

Mais do que uma influência ou referência incontornável da música e da poesia contemporânea, a importância de Bob Dylan está na forma como lutou pelos direitos civis durante a década de 60 e na maneira como, com as suas canções, obrigou o rock a amadurecer para se tornar no principal género musical da segunda metade do século XX.

Per Wästberg, membro da Academia Sueca, declarou esta manhã: “Ele é provavelmente o maior poeta vivo”. Mas, mais do que isso, Bob Dylan será talvez o último cowboy do Velho Oeste que já foi os Estados Unidos.

Sejamos nós mais ou menos apreciadores ou conhecedores da sua vastíssima e riquíssima obra, uma coisa é certa: as canções jamais voltarão a ser ouvidas da mesma forma.

Comentários
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  • Miguel Botelho
    14 out, 2016 Lisboa 09:47
    Bob Dylan, uma desgraça de compositor, de músico, de pintor, de actor, a quem uma chamada fraude, com o nome de «Nobel», atribuiu o maior prémio de literatura mundial. Genuinamente mau!

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