18 fev, 2017 - 18:35
O filme 'Cidade Pequena', de Diogo Costa Amarante, foi distinguido com o Urso de Ouro para melhor curta-metragem no Festival de Cinema de Berlim.
Horas depois de ter sido anunciado que o filme 'Os humores artificiais', de Gabriel Abrantes, conquistou a nomeação do júri internacional do Festival de Berlim para o prémio de melhor curta-metragem europeia de 2017 nos European Film Awards, foi a vez de outro português ser distinguido em Berlim, um ano depois de Leonor Teles.
No discurso de aceitação do prémio, Amarante agradeceu à família e à equipa de curtas-metragens da Berlinale, "a mais acolhedora" que existe.
"Quando Frederico, de seis anos, descobre na escola que as pessoas morrem quando os corações param de bater, não consegue dormir nessa noite. No dia seguinte, a sua mãe pergunta na escola novamente: Será que se deve contar sempre a verdade às crianças?", pode ler-se na sinopse existente na página do festival de Berlim.
O júri, composto pelo artista alemão Christian Jankowski, pela curadora norte-americana Kimberly Drew e pelo programador chileno Carlos Núñez, escolheu o filme cujos enquadramentos "lembram a atenção ao detalhe presente nos quadros do Renascimento italiano".
Nascido no Porto, em 1982, Diogo Costa Amarante já tinha marcado presença em Berlim em 2014 com "As Rosas Brancas", cinco anos depois de ter participado na Berlinale Talents.
Amarante foi bolseiro Fulbright, tendo completado um MFA em realização e produção cinematográfica na cidade de Nova Iorque e visto o seu primeiro argumento para longa-metragem, "Migrar pelas Sombras", financiado, de acordo com a biografia disponível na página do festival.
Diogo Costa Amarante foi realizador, co-produtor, argumentista, director de fotografia, de montagem e co-responsável pelo som de "Cidade Pequena", uma curta-metragem co-produzida com Miguel Dias e com a Agência da Curta Metragem. O filme é protagonizado por Frederico Costa Amarante Barreto e Mara Costa Amarante.
O Urso de Ouro para "Cidade Pequena" eleva para três o número destes galardões atribuídos a Portugal pelo festival de Berlim na categoria de curtas-metragens, depois de "Rafa", de João Salaviza, em 2012, e de "Balada de um Batráquio", de Leonor Teles, no ano passado.